Haddad afirma que salário-mínimo será "pago normalmente"
Despejamento de aposentadorias do governo anterior pode impactar nas contas atuais
SBT News
Com perspectiva de o salário-mínimo sair dos R$ 1.302 editados em medida provisória no fim de 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e partir para R$ 1.320, valor previsto no Orçamento Geral da União deste ano, o Ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que o salário "vai ser pago normalmente".
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O novo piso, no entanto, não foi fixado pelo governo, já que o represamento artificial das aposentadorias feito pelo governo anterior foram liberadas durante as eleições. A situação pode causar um impacto fiscal maior e, nesse cenário, o dinheiro de outros ministérios terá que ser remanejado para bancar o aumento.
Haddad, apesar de normalizar a questão, não afirmou quando o governo editará a medida provisória que fixa o valor maior, acima da inflação. O valor menor editado por Bolsonaro aplica apenas a reposição pela inflação, sem ganhos reais.
Durante as reuniões do gabinete de transição, uma emenda constitucional do grupo garantiu R$ 6,8 bilhões para bancar o salário-mínimo sob o valor de R$ 1.320, mas as liberações relacionadas às aposentadorias criaram um impasse.
O novo valor do pagamento mínimo gera debates em vários ministérios. Segundo Rui Costa, Ministro-Chefe da Casa Civil, o reajuste vai causar um impacto financeiro por conta do represamento das aposentadorias e pensões do INSS e, depois, com o despejamento desses recursos no segundo semestre de 2022.
Por outro lado, o Ministro do Trabalho Luiz Marinho é quem vai avaliar a publicação da nova medida provisória com o valor maior. O chefe da pasta fará um pronunciamento na próxima 2ª feira (9.jan) sobre o tema.
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