Com PEC aprovada, governo corre para incluir famílias no Auxílio Brasil
Maior demanda reprimida encontra-se nas regiões sudeste e nordeste
Camila Stucaluc
Com a aprovação da PEC dos Benefícioso, o governo federal, agora, corre contra o tempo para incluir milhares de pessoas no Auxílio Brasil, que, a partir de julho, deve receber as parcelas de R$ 600 até o fim do ano. Segundo último balanço da Confederação Nacional de Municípios (CNM), cerca de 2,1 milhões de famílias aguardam na fila para ter acesso ao benefício.
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Em números absolutos, o Sudeste e Nordeste continuam sendo as regiões com maior demanda reprimida de beneficiários em 2022, contabilizando 981 milhões e 963 milhões de famílias, respectivamente. No entanto, o Norte e Centro-Oeste vêm apresentando o maior crescimento, com 232% e 139%.
Apesar de Rondônia ser o estado com o maior número de famílias na fila do Auxílio Brasil, chegando a 321%, São Paulo é a região que mais apresenta demanda reprimida no contingente populacional. No total, 429.484 mil famílias estão à espera da garantia do benefício, cifra que chegou a crescer 80% entre março e abril.
Para julho, o calendário de pagamentos está programado para começar na próxima 2ª feira (18.jul). Tempo considerado curto, mesmo que o Congresso Nacional promulgue a PEC dos Benefícios nesta quinta ou amanhã, sexta-feira. Apesar de todos os contemplados serem selecionados pelo Ministério da Cidadania através do CadÚnico, o curto tempo entre a aprovação da PEC e o alto número de famílias pode impactar no processo de ampliação do programa.
Voucher para caminhoneiros
Além do aumento do valor pago pelo Auxílio Brasil, a proposta de emenda ainda cria um voucher para caminhoneiros e taxistas. A previsão é que os caminhoneiros autônomos recebam seis parcelas de R$ 1 mil, enquanto o auxílio para taxistas deve girar em torno de R$ 200.
O calendário ainda não foi concluído, mas a expectativa é que os pagamentos sejam liberados no fim de julho ou agosto. Isso porque a proposta ainda não foi tirada do papel e também não existe o cadastro esquematizado dos trabalhadores da categoria.
Segundo o Congresso, a estratégia é utilizar os cadastros das prefeituras e licenças para pagar o auxílio. Desta forma, só os trabalhadores que estiverem com o alvará em dia e estiverem inscritos na Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) - - no caso dos caminhoneiros - - poderão receber o recurso.