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Bolsonaro: "Duvido desse sistema eleitoral, é um direito meu"

Presidente voltou a questionar transparência das urnas em transmissão semanal nas redes sociais

Bolsonaro: "Duvido desse sistema eleitoral, é um direito meu"
Jair Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar, nesta 5ª feira (07.jul), a transparências das urnas eletrônicas, e disse não confiar no modo como o processo eleitoral brasileiro se dá atualmente. Para o chefe do Executivo, dúvidas como as apontadas por ele e por técnicos das Forças Armadas, que integram a Comissão de Transparência Eleitoral, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), serviriam para aprimorar o sistema eleitoral.

"Eu não quero desafiar ninguém, mas eu duvido desse sistema eleitoral, é um direito meu. A dúvida leva a um aperfeiçoamento das coisas", enfatizou Bolsonaro, durante sua transmissão semanal, nas redes sociais.

O presidente alegou não temer uma possível derrota no pleito deste ano, e destacou que sua única preocupação, assim como das demais entidades envolvidas no processo eleitoral, é a garantia de eleições limpas.

"Eu não tenho medo de perder uma eleição, em uma Democracia. O meu temor é perder a Democracia em uma eleição. E como pode ser garantida essa questão no Brasil? Com transparência. Tenho certeza que é isso que as forças armadas querem, todas as entidades convidadas a integrar a Comissão de Transparência Eleitoral, bem como a grande maioria, quase todos, do Tribunal Superior Eleitoral", ponderou.

Bolsonaro ainda alertou seus seguidores: "você sabe como você deve se preparar... não para um novo Capitólio, ninguém quer invadir nada, mas para nós sabermos o que temos que fazer antes das eleições". Apesar de sinalizar que, no Brasil, não se repetiria o mesmo episódio dos Estados Unidos, quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o parlamento norte-americano, pouco antes de ser confirmado o resultado das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro não especificou qual seria atitude esperada de seus seguidores.

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Citando uma declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Edson Fachin, a respeito auditabilidade das urnas eletrônicas, Jair Bolsonaro argumentou que, se a verificação não tem como objetivo alterar possíveis resultados fraudulentos, o processo de apuração em si é ineficaz. 

"O senhor Fachin declarou que as auditorias não servem para alterar resultados de eleições. Ou seja, fazem auditoria para que? As urnas são inauditáveis, mas se por ventura, o pessoal do Comando de Defesa Cibernética do Exército, que foram convidados a integrar a comissão, caso detecte fraude, não vai valer de nada esse trabalho do comando de defesa cibernética das forças armadas?", alegou Bolsonaro, indicando, equivocadamente, que as urnas não são auditáveis.

No entanto, segundo o TSE, a chamada "Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas sob Condições Normais de Uso", é realizada em todo país, por meio de amostragem, antes e durante o dia da votação, e tem como objetivo "demonstrar o funcionamento e a segurança" do processo eleitoral, por meio de uma contagem que "verifica se os votos inseridos na urna correspondem exatamente ao resultado que ela produz".

Bolsonaro também questionou o convite feito pelo TSE para que observadores de outros países acompanhassem as eleições no Brasil: "Eles vêm observar o que aqui? Eles têm acesso ao programa? Eles vão poder participar da apuração como técnicos de informática? O que esses observadores vêm fazer aqui? Vêm dar um ar de legalidade por ocasião das eleições?" 

Ao comentar sobre declarações de Fachin e de outros colegas do Supremo Tribunal Federal, a interlocutores estrangeiros, sobre o processo eleitoral brasileiro, Bolsonaro informou que pretende reunir embaixadores de diversos países para expor informações do próprio TSE a respeito de eleições passadas.

"Conversei com representante [do ministro das Relações Exteriores]. Vamos marcar para a semana que vem, de eu conversar com todos os embaixadores aqui no Brasil. O assunto será um PowerPoint, nada pessoal meu, para mostrar tudo o que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como as participações dos 3 ministros do TSE, que são do Supremo, sobre sistema eleitoral. Vou contar para os embaixadores como foi o primeiro e segundo turno das eleições de 2018, falando a verdade, documentando, não vou inventar nada", afirmou o presidente da República, sem dar detalhes de qual seria o conteúdo da apresentação ou de que quando ela aconteceria.

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