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Boulos lê "carta ao povo de São Paulo" em tentativa de diminuir rejeição

Candidato afirmou não ter amarras ideológicas e prometeu dialogar com quem não votou nele

Boulos lê "carta ao povo de São Paulo" em tentativa de diminuir rejeição
Boulos leu carta em frente à Prefeitura de São Paulo | Leandro Paiva/Campanha Boulos
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O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) leu, nesta segunda-feira (21), uma "carta ao povo de São Paulo", na tentativa de diminuir a rejeição apontada nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno das Eleições Municipais 2024. Segundo o último levantamento do Datafolha, o psolista é rejeitado por 56% dos entrevistados.

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Boulos convocou a imprensa para um pronunciamento no Viaduto do Chá, em frente à prefeitura da capital, durante a manhã. Lá, iniciou lendo uma carta, em que promete melhorar a cidade e dialogar com quem não votou nele. Ele afirmou também que não terá amarras ideológicas.

"Nosso governo será de diálogo e construção conjunta, sem amarras a qualquer tipo de sectarismo", disse.

A carta lembra o que já foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a "Carta aos Brasileiros", em 2002. O petista, que buscava diminuir a resistência do setor financeiro ao seu nome na corrida presidencial, saiu vitorioso após a divulgação do documento.

Boulos reconhece em sua carta que há eleitores assustados com sua trajetória como líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e pede um voto de confiança.

+ 51 cidades terão segundo turno das eleições municipais no Brasil

"Muitos ficam assustados com a minha trajetória no movimento social. Outros se questionam se conseguiremos dar conta ou se vamos dialogar com quem tem visões diferentes. E, por isso, ficam receosos de apostar na mudança que representamos, mesmo sabendo que a cidade não está boa. Peço aqui um voto de confiança a vocês", afirma.

O candidato do PSOL reconheceu também que a "periferia mudou" e que a esquerda se esqueceu de dialogar com os empreendedores periféricos.

"A periferia mudou. Você, mulher, que foi abrir seu salão, vender salgados na garagem de casa ou na porta do metrô, sabe disso. Você, jovem, que financiou uma moto e foi trabalhar sem parar e sem nenhuma proteção, sabe disso. Você que pega um carro e dirige a cidade toda como motorista de aplicativo sabe disso. Muitas vezes nós deixamos de falar com vocês", diz.

O aceno a empreendedores, público que se identificou com Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, é uma das estratégias do psolista para conquistar votos. Em sabatina promovida pela Folha de São Paulo e portal Uol, na tarde desta segunda, Boulos admitiu que busca votos dos eleitores do ex-coach, que ficou em terceiro lugar, mas negou que o copie, quando questionado sobre a divulgação de denúncias que pretende fazer sobre o adversário, o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

"Não é uma emulação, não. A gente precisa dialogar com a sociedade. Às vezes se normaliza tanto um absurdo que, se você não chamar a atenção para ele, [fica esquecido]", afirmou.

Nos últimos dias Boulos vinha afirmando nas redes sociais que faria um "anúncio inédito na história das campanhas eleitorais". No pronunciamento feito em frente à Prefeitura, ele disse que fará uma caravana pela cidade durante a semana. Faltando seis dias para a eleição, ele dormirá na casa de eleitores para compreender a realidade de cada região e "virar votos".

"Vou rodar essa cidade, em cada região, conversando com as pessoas de cada área, que trabalham com o que for, pessoas que, inclusive, já toparam me receber nas suas casas. Vou dormir na casa dessas pessoas, vou dialogar com essas pessoas, vou virar voto 24 horas por dia daqui até abrirem as urnas", disse.
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