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"Acabou", disse Bolsonaro a ministros do Supremo sobre eleição

Presidente reuniu-se com ministros da Corte logo após seu primeiro pronunciamento desde a derrota no pleito

"Acabou", disse Bolsonaro a ministros do Supremo sobre eleição
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Após pronunciamento no Palácio da Alvorada -- o primeiro desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) --, nesta 3ª feira (1º.nov), o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde reuniu-se com ministros da Corte. Segundo o ministro Edson Fachin, Bolsonaro teria dito que "acabou", em referência ao resultado da eleição.

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"O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado. Ele disse 'acabou'. Portanto, olhar para frente", afirmou Fachin a jornalistas.

Em nota, o STF informou que Bolsonaro encontrou-se com os ministros que estavam presentes em Brasília: Rosa Weber, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça. O presidente estava acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ainda na nota, o Supremo disse que os ministros "reiteraram o teor da nota oficial divulgada, que consignou a importância do reconhecimento pelo presidente da República do resultado final das eleições, com a determinação do início do processo de transição, bem como enfatizou a garantia do direito de ir e vir, em razão dos bloqueios nas rodovias brasileiras".

"Tratou-se de uma visita institucional, em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada por todos a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil", acrescentou a Suprema Corte.

Pronunciamento

Antes, em seu primeiro pronunciamento após as eleições, quase dois dias após a proclamação da vitória de Lula, Bolsonaro disse que continuará "cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição". Em uma fala rápida, de menos de 2 minutos, ainda agradeceu os 58 milhões de votos e defendeu as mobilizações de caminhoneiros que fecham rodovias em todo o país. "Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça". Bolsonaro pediu, contudo, que as manifestações sejam pacíficas e disse que atos violentos são "da esquerda". 

O presidente ressaltou que a direita ganha força no Brasil e que acredita que ela veio pra ficar. "A direita sirgiu de verdade no nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra força dos nossos valores: Deus, pátria, famíla e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca, somos pela Ordem e pelo Progresso. Mesmo enfrentando todo o sitema superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra", disse Bolsonaro.

Ele repetiu que, "apesar de ser rotulado como antidemocrático, sempre joguei nas quatro linhas da Constituição". Disse que nunca falou em regulação ou controle de mídia ou redes sociais e que enquanto for presidente vai continuar cumprindo as regras da Lei Maior do País e "todos os mandamentos da Constituição". 

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