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"Acho que essa campanha vai ser muito judicializada", afirma Gleisi Hoffmann

Presidente do PT falou que partido quer apoio do Avante e Pros à candidatura de Lula

"Acho que essa campanha vai ser muito judicializada", afirma Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann à frente de símbolo do PT (Divulgação/PT)
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A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta 2ª feira (23.mai) acreditar que a campanha presidencial de 2022 será "muito judicializada", em decorrência de atitudes do presidente Jair Bolsonaro (PL) e equipe. A declaração foi dada em entrevista coletiva após a reunião entre representantes dos sete partidos que integram o movimento Vamos Juntos pelo Brasil.

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Questionada pelo SBT News sobre como a campanha de Lula responderá de forma efetiva às eventuais estratégias das demais, em especial à do atual chefe do Executivo federal, Gleisi fez uma afirmação com ataques ao presidente: "Nós temos que estar preparados e alertar a população que tudo que vem do Bolsonaro é mentira. Nada do que ele fala é verdadeiro. Então isso tem que ficar claro. Vai ser sempre uma colocação que nós vamos ter. A gente está com uma equipe jurídica, que já começou a operar, agora vai conversar com o jurídico dos demais partidos, junto com a comunicação.

Ainda segundo ela, o PT possui também um site, denominado Verdade na Rede, para encaminhar à sigla "as fake news, as mentiras", para ver quais medidas adotará como resposta e ação judicial. "Acho que essa campanha vai ser muito judicializada, por conta das barbaridades que eles fazem", completou.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), também presente na reunião realizada pela manhã, será o responsável por fazer a interlocução do PT com os setores jurídicos dos demais partidos do movimento. Cristiano Zanin e Eugênio Aragão serão os principais advogados da campanha de Lula. Gleisi afirma esperas que as instituições tomem medidas "firmes" em relação a fake news e disseminação das notícias falsas. "Nós queremos falar com o TSE sobre Telegram. Vai ter escritório aqui? Vai ter um representante? Vai ter regras sobre isso? Tal qual o WhatsApp fez. Ou vai ser terra de ninguém, vai poder fazer o que quiser, do jeito que quiser até todo mundo virar vítima? Porque tem um momento que nós somos vítimas. Depois as vítimas passam a ser as instituições. Como está sendo o TSE, como está sendo o STF", completou.

A petista fez uma reunião com o WhatsApp e acha que a plataforma está bem regulada e melhorou "muito a questão de evitar a divulgação de fake news". "Tem regras. O Telegram não tem. Isso nos preocupa muito, está sendo utilizado de uma maneira disseminante", disse. Os partidos do Vamos Juntos pelo Brasil conversaram de fazer uma audiência com o TSE e levar outras legendas vítimas de fake news disseminadas por bolsonaristas, para discutir sobre a plataforma. Em relação ao Facebook e Twitter, Gleisi fala que "já são mais regulados", mas podem melhorar.

João Doria

A saída de João Doria da corrida presidencial foi informada pela presidente do PT, na reunião pela manhã, pouco antes de um discurso do ex-governador de São Paulo e adversário do tucano Márcio Franca (PSB) - pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Entretanto, de acordo com Gleisi, essa desistência não foi discutida no encontro. Questionada se o PT conversaria com Doria sobre uma aliança em torno do nome de Lula na corrida presidencial, ela pontuou: "Não somos contra conversar com ninguém que queira se colocar nesse campo democrático, mas isso não foi discutido não".

O PT quer tentar trazer Avante e Pros para o movimento Vamos Juntos pelo Brasil. O primeiro tem o deputado federal André Janones (MG) como pré-candidato a presidente, e o segundo, o coach Pablo Marçal. O Partido dos Trabalhadores tem conversado "muito", segundo Gleisi, com PSD e MDB sobre apoio à candidatura de Lula. O presidente do Partido Social Democrático, Gilberto Kassab, estaria dizendo haver dificuldade em apoiar no primeiro turno, por causa da dinâmica da legenda nos estados, mas, disse Gleisi, o PT tem esperança em conseguir fazer uma aliança. O Movimento Democrático Trabalhista também teria o "mesmo problema" para dar apoio. "Mas, por exemplo, o MDB do nordeste tem grande simpatia pela candidatura do presidente Lula. Mas eles têm uma candidata, que é a [senadora pelo Mato Grosso do Sul] Simone Tebet. A gente também respeita", falou a líder petista.

Ao menos por enquanto, as conversas com o MDB envolvem lideranças regionais deste. Não houve conversa institucional com o presidente da sigla, Baleia Rossi, nem o ex-presidente da República Michel Temer, por exemplo. Em outro momento da coletiva, Gleisi afirmou  que o PT respeita a candidatura do ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República e não está pressionando o Partido Democrático Trabalhista a abrir mão dela. Entretanto, admitiu que os petistas gostariam de ter os pedetistas ao seu lado. Não houve conversa do Partido dos Trabalhadores com Ciro.

Na reunião das siglas do Vamos Juntos pelo Brasil, nesta 2ª, houve consenso entre os representantes de que precisam ampliar o movimento, classificado por Gleisi como "uma luta histórica da democracia contra o autoritarismo, da civilidade contra a incivilidade". Conforme a presidente do PT, os sete atuais integrantes sabem "que vai ser uma eleição disputada, vai ser dura". Bolsonaro e aliados "jogam", em suas palavras, "com as fake news, com a violência, com a tentativa de mudar de foco daquilo que é essencial, que é a vida do povo". Esse seria o entendimento das sete siglas.

Todas elas já encaminharam quem vai participar das discussões, daqui para frente, sobre mobilização da militância, agenda, finanças, comunicação e plano de governo da campanha de Lula.

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