Lula espera membros de Republicanos e MDB no lançamento de pré-candidatura
Partidos não estão oficialmente com PT, mas dissidentes ocuparão palco do evento
Débora Bergamasco
O partido Republicanos vai apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República. Ex-ministros do atual governo, como Damares Alves e Tarcísio de Freitas, até se filiaram à legenda, para disputar as eleições. Mesmo assim, o pastor Marcos Pereira, presidente da sigla, não vai punir quem quiser apoiar outras candidaturas.
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O deputado federal Silvio Costa Filho e o pai dele, o ex-deputado Silvio Costa, de Pernambuco, filiados ao Republicanos, estarão no lançamento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista formará chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB e agora está no PSB. O evento será realizado neste sábado (7.mai), no Expo Center Norte, em São Paulo, a partir das 10h.
"Marcos Pereira tem sido muito democrático nesta condução. Ele sabe do nosso posicionamento. Fomos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e estaremos com Lula nesta eleição", disse Silvio Costa ao SBT News.
Também haverá dissidentes do MDB ao lado do petista no palco. O senador Renan Calheiros, de Alagoas, confirmou ao SBT News que estará presente. O senador Eunicio Oliveira, do Ceará, também é esperado.
Oficialmente, o partido ainda está definindo se vai lançar a candidatura da senadora Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul, ao Palácio do Planalto, ou se vai apoiar um nome escolhido entre siglas de centro e centro-esquerda, como PSDB e Cidadania. Há, ainda, a possibilidade de não apoiar ninguém e deixar que parte dos emedebistas apoiem Lula e outra, Bolsonaro.
São esperadas cerca de 4 mil pessoas no encontro que vai marcar o lançamento da pré-candidatura da chapa Lula-Alckmin. A ideia é que haja cadeiras para que todos se acomodem sentados. Devem ocupar o palco lideranças dissidentes e também de partidos que já estão na aliança, como PSB, PSOL, PCdoB, PV, Rede e Solidariedade. Haverá ainda líderes de centrais sindicais, movimentos sociais e artistas.
O desejo de organizadores é que poucas pessoas discursem para que o evento não se estenda muito. Mas sabem que vai ser difícil e cogitam dar três minutos de fala para figuras importantes presentes. Lula terá um discurso por escrito. Entretanto, ninguém vai se surpreender se ele deixar o papel de lado e improvisar, como costuma fazer.