União Brasil: Moro não pode entrar na sigla como pré-candidato ao Planalto
Cúpula do partido convida o ex-ministro, que deixou o Podemos, a "construir uma candidatura em São Paulo"
A Comissão Instituidora do União Brasil divulgou nota nesta 5ª feira (31.mar) em que afirma que o ex-ministro Sergio Moro, que deixou o Podemos, não poderá entrar na sigla na condição de pré-candidato à Presidência.
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No documento, a cúpula do União Brasil diz reconhecer a importância e respeitar a trajetória de Moro. Afirma ainda que o ex-juiz "pode contribuir muito para o debate político nacional". Mas ressalva: "Deixamos claro que o seu eventual ingresso ao União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República".
Ainda na nota -- assinada, entre outros, pelo secretário-geral do União, ACM Neto, e por seis vice-presidentes da sigla --, a direção do partido diz que "caso seja do interesse de Moro construir uma candidatura em São Paulo, o ex-ministro será muito bem-vindo". "Mas, neste momento, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido."
Confira a íntegra da nota:
Troca
O ex-ministro deixou o Podemos -- partido pelo qual era pré-candidato ao Planalto -- nesta 5ª. A decisão vem três dias depois de ele se reunir com o presidente do União, deputado federal Luciano Bivar (PE).
O União Brasil é o partido escolhido para filiação de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) -- apoiador de Moro -- em substituição ao Podemos também. Na 2ª feira, após se reunir com Bivar, o ex-juiz disse pelo Twitter que ele e o parlamentar reforçaram a necessidade de terem "um único candidato do centro político democrático contra os extremos". Também na publicação, falou que o deputado "seria um ótimo vice-presidente ou cabeça de chapa" e que estaria junto com ele, no mínimo, de 2022 a 2026, sem entrar em detalhes.
Antes do encontro, Moro havia se reunido com a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), os senadores Álvaro Dias, Flávio Arnes e Oriovisto Guimarães -- os três da sigla e do Paraná --, e a advogada Rosângela Moro, sua esposa, para discutir as articulações e estratégias para a próxima fase da pré-campanha a presidente.
Já na 3ª feira (29.mar), afirmou que vinha participando das negociações para lançamento de uma candidatura única por parte de partidos que se oporão a Lula (PT) e a Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, mas que não podia sair da corrida presidencial para apoiar alguém com percentual inferior ao seu nas pesquisas de intenção de voto.