Eleições
Direita só tem Bolsonaro competitivo, e polarização com PT será mantida
Avaliação é da presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, em entrevista ao SBT
Roseann Kennedy
• Atualizado em
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A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o único nome competitivo que a direita política tem hoje no país para disputar a corrida ao Planalto em 2022 é o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Por esse motivo, acredita que a próxima eleição presidencial vai manter a polarização dele com o PT. A parlamentar fez as declarações em entrevista ao Poder em Foco, que vai ao ar neste domingo (13), no SBT, logo após o Programa Silvio Santos.
"A direita não tem candidato com pegada popular. O Bolsonaro da extrema direita veio e ocupou o espaço. E nós vamos ver de novo se repetir aí esse bloco da direita liberal indo pro Bolsonaro. Torcem um pouquinho o nariz, mas vão lá porque tem o projeto econômico, que é tudo que eles precisam. Óbvio que é natural o PT polarizar pelo tamanho do partido, mas é uma polarização como oposição, não só como PT", avaliou.
Para Gleisi Hoffmann, políticos como o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (sem partido), e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), não têm potencial de votos para uma disputa presidencial. "Podem até lançar (a candidatura deles), duvido que tenham competitividade. O Brasil é diferente de São Paulo. A diversidade do Brasil, as regiões. Então, transportar o que Dória fez em São Paulo paro o resto do país é um pouco difícil", opinou.
A presidente do PT ironizou a grande repercussão política que houve quando os ex-ministros da Saúde e da Justiça deixaram os cargos e observou que agora eles não têm visibilidade. "Mandetta saiu e todo mundo apostava que seria uma catástrofe para o governo Bolsonaro. Ele não deu nem bola e continua fazendo o que ele tava fazendo. Aí veio o caso Moro, que achou que ia abalar os alicerces da nação. Aconteceu a mesma coisa. O Moro não sei nem por onde anda. Agora não é juiz, sei lá se tá dando aula", desdenhou.
Sobre a presença cada vez mais frequente de Bolsonaro no Nordeste, Gleisi disse que ele está fazendo uma investida, com a ajuda dos partidos do centrão que atuam na ido mais presença. No entanto, apostou que ele não conseguirá ocupar o espaço que a esquerda conquistou entre os nordestinos. "Não é fácil Bolsonaro ocupar este espaço apenas com a renda emergencial. O que foi feito no Nordeste brasileiro, nas gestões nossas, dos governos Lula e Dilma, foi algo inusitado na história. O PIB nordestino cresceu quase o dobro do que o das outras regiões do Brasil", ressaltou.
A deputada rebateu críticas de quem afirma que o PT ficou preso ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não conseguiu formar novos líderes. "Acho que é inveja porque eles não têm uma liderança como o Lula no campo deles (a direita). Estão tentando fazer Jair Bolsonaro algo parecido, que nunca vai ser, né", concluiu.
O Poder em Foco é o programa de entrevistas do SBT em parceria editorial com o jornal digital Poder 360. É exibido todos os domingos, logo após o Programa Silvio Santos. A apresentação é do jornalista Fernando Rodrigues.
"A direita não tem candidato com pegada popular. O Bolsonaro da extrema direita veio e ocupou o espaço. E nós vamos ver de novo se repetir aí esse bloco da direita liberal indo pro Bolsonaro. Torcem um pouquinho o nariz, mas vão lá porque tem o projeto econômico, que é tudo que eles precisam. Óbvio que é natural o PT polarizar pelo tamanho do partido, mas é uma polarização como oposição, não só como PT", avaliou.
Para Gleisi Hoffmann, políticos como o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (sem partido), e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), não têm potencial de votos para uma disputa presidencial. "Podem até lançar (a candidatura deles), duvido que tenham competitividade. O Brasil é diferente de São Paulo. A diversidade do Brasil, as regiões. Então, transportar o que Dória fez em São Paulo paro o resto do país é um pouco difícil", opinou.
A presidente do PT ironizou a grande repercussão política que houve quando os ex-ministros da Saúde e da Justiça deixaram os cargos e observou que agora eles não têm visibilidade. "Mandetta saiu e todo mundo apostava que seria uma catástrofe para o governo Bolsonaro. Ele não deu nem bola e continua fazendo o que ele tava fazendo. Aí veio o caso Moro, que achou que ia abalar os alicerces da nação. Aconteceu a mesma coisa. O Moro não sei nem por onde anda. Agora não é juiz, sei lá se tá dando aula", desdenhou.
Sobre a presença cada vez mais frequente de Bolsonaro no Nordeste, Gleisi disse que ele está fazendo uma investida, com a ajuda dos partidos do centrão que atuam na ido mais presença. No entanto, apostou que ele não conseguirá ocupar o espaço que a esquerda conquistou entre os nordestinos. "Não é fácil Bolsonaro ocupar este espaço apenas com a renda emergencial. O que foi feito no Nordeste brasileiro, nas gestões nossas, dos governos Lula e Dilma, foi algo inusitado na história. O PIB nordestino cresceu quase o dobro do que o das outras regiões do Brasil", ressaltou.
A deputada rebateu críticas de quem afirma que o PT ficou preso ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não conseguiu formar novos líderes. "Acho que é inveja porque eles não têm uma liderança como o Lula no campo deles (a direita). Estão tentando fazer Jair Bolsonaro algo parecido, que nunca vai ser, né", concluiu.
O Poder em Foco é o programa de entrevistas do SBT em parceria editorial com o jornal digital Poder 360. É exibido todos os domingos, logo após o Programa Silvio Santos. A apresentação é do jornalista Fernando Rodrigues.
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