União Europeia também suspende importação de frango do Brasil
Medida acontece devido ao foco de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul; outros países deixaram de comprar apenas do Rio Grande do Sul

Gabriela Tunes
União Europeia, China e outros países suspenderam a compra de frango do Brasil, após governo federal anunciar detecção do primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no país.
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O Brasil é o maior exportador de frango do mundo. De acordo com fontes do Ministério da Agricultura, após a identificação do foco, cada país importador seguiu um protocolo de suspensão que já era previsto. No caso da União Europeia e da China, o protocolo é suspender as compras de todo o país.
Já o Japão, por exemplo, tem o protocolo de suspender apenas da área contaminada, no caso, do Rio Grande do Sul. O mesmo ocorre com Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas.
Após o foco da doença, o Rio Grande do Sul não exporta mais carne de frango.
Baixo risco de infecções em humanos
Em comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária informou que o risco de infecções em humanos é baixo. "Em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)", explica.
O Ministério também afirmou que a doença não pode ser transmitida por carne de aves nem ovos. Assim, não há restrição de consumo desses alimentos. "A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados", garante.
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De acordo com o Mapa, já foram iniciadas "medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência". O objetivo é "não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população".
O ministério reforçou que, desde 2006, tem realizado ações para prevenir a entrada do vírus no sistema de avicultura comercial brasileiro.
Segundo o Mapa, essas medidas "foram cruciais e se mostraram efetivas e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos".