Prévia do PIB: IBC-Br tem queda de 0,7% em maio, mas projeção do BC vê crescimento maior em 2026
Na comparação com a semana passada, o Boletim Focus registrou um aumento de 1,86% na projeção

SBT News
com informações da Reuters
Dados econômicos do Banco Central (BC) registraram nesta segunda-feira (14) uma queda de 0,7% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), em maio, mas projetou um aumento de 1,89% no PIB em 2026.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,2%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 4,0%, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo BC.
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Boletim Focus
A pesquisa semanal do BC mostrou uma alta de 1,86% em comparação com a projeção de crescimento divulgada na semana anterior. Em 2025, a expectativa para a expansão econômica ficou inalterada em 2,23%.
O Boletim Focus apontou ainda que houve reduções nas expectativas para o preço do dólar no fim de 2025, a R$ 5,65, de R$ 5,70 na semana anterior, e no encerramento de 2026, a R$ 5,70, ante R$ 5,75 há uma semana.
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A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 10,2% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.
Sobre a política monetária do BC, houve manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das projeções para a Selic ao final de 2025 é de 15%, enquanto para o término de 2026 a previsão é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 24ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. No momento, a Selic se encontra em 15% ao ano.
Em relação à inflação brasileira, analistas consultados pelo Banco Central apontaram uma redução na projeção deste ano pela sétima semana consecutiva, mantendo a previsão para a alta dos preços em 2026, enquanto também subiram a expectativa em relação ao crescimento da economia no próximo ano, de acordo com a pesquisa Focus.
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O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para a inflação, medida pelo IPCA, é de 5,17% ao fim deste ano, ligeiramente abaixo da previsão de 5,18% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a alta dos preços no país foi mantida em 4,50%.
O centro da meta contínua perseguida pelo BC é de 3%, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda também alterou expectativa para a inflação neste ano ao divulgar seu mais recente Boletim Macrofiscal, projetando que o IPCA fechará este ano com alta de 4,9%, ante avanço de 5,0% na projeção de maio. Para 2026, o ministério prevê que a inflação será de 3,6%, mesmo nível estimado antes.