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Economia

Mulheres conquistam espaço na construção civil e puxam alta nas contratações em 2025

Número de trabalhadoras no setor cresceu 8,7% nos primeiros cinco meses do ano; profissionais se destacam pela técnica e precisão nas obras

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Canteiros de obra que antes eram dominados por homens começam a contar cada vez mais com a presença feminina. Mulheres como a engenheira Yara Jardim, responsável por um prédio residencial em construção na Vila Mariana, em São Paulo, têm desafiado estereótipos e conquistado respeito no setor da construção civil.

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Coordenando uma equipe com mais de 100 profissionais, Yara afirma que o espaço para mulheres está aumentando e precisa ser ampliado: “Nossa projeção é ter mulheres na pintura, na elétrica, no gesso. Como deu certo comigo, pode dar certo com outras”, afirma.

No mesmo local, Priscila Fernandes atua como azulejista e se orgulha da atenção aos detalhes que imprime no trabalho. “Muitas pessoas requisitam mulheres na obra para o serviço sair bem bonito e perfeito”, diz.

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Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), Antônio de Sousa Ramalho, o setor vive um “apagão” de mão de obra e as mulheres têm se destacado. “Elas são mais perfeccionistas e, em áreas como colocação de azulejos e pintura, muitas vezes produzem mais”, explica.

Segundo dados do governo, apenas nos cinco primeiros meses de 2025, quase 100 mil mulheres (99.437) foram contratadas para trabalhar na construção civil — um crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2024. No setor industrial, o avanço foi ainda maior: 10,2%, com mais de 635 mil contratações.

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Apesar do progresso, a desigualdade de gênero ainda é um desafio. Mulheres como a técnica em manutenção Rafaela Santos seguem enfrentando comentários preconceituosos, mas acreditam que essas experiências reforçam sua determinação. “Alguns ainda se espantam com uma mulher carregando escada. Mas isso fortalece a gente. É muito importante”, afirma.

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