Acelerar áudios e vídeos pode afetar memória e atenção, aponta estudo
Universidade canadense identificou que o hábito compromete a retenção de informações e dificulta tarefas mais lentas, como leitura profunda
SBT Brasil
Simone Queiroz
A pressa em consumir conteúdos digitais pode ter um custo alto para o cérebro. Um estudo da Universidade de Waterloo, no Canadá, concluiu que o hábito de acelerar áudios e vídeos — comum em aplicativos de mensagens, aulas online e redes sociais — pode afetar a capacidade de atenção e a memória.
+ Passageiros deixam avião com princípio de incêndio em Denver, nos EUA
Segundo os pesquisadores, quando a velocidade de reprodução ultrapassa duas vezes o ritmo normal, o cérebro perde eficiência para acompanhar o fluxo de informações. Isso compromete a retenção do conteúdo e prejudica tarefas que exigem mais foco, como a leitura profunda ou aulas longas.
A médica neurologista Francine Mendonça explica que, com o tempo, essa prática pode gerar dificuldade de concentração, irritabilidade e menor tolerância à frustração. “As informações chegam rápido demais e a memória de trabalho não consegue processar tudo com eficiência”, afirma.
Para quem vive uma rotina corrida, como estudantes que conciliam trabalho e família, acelerar vídeos parece uma solução prática para ganhar tempo. Mas o excesso pode se tornar um obstáculo para o próprio aprendizado, alertam especialistas.
+ Traficantes de facção criminosa são transferidos para presídio federal
O uso constante de vídeos curtos e acelerados, especialmente entre jovens, também preocupa. A recomendação de especialistas é reduzir gradualmente o tempo de exposição às redes sociais e investir em atividades que exijam atenção contínua, como a leitura.