Economia

Lula cobra redução dos juros e diz que Banco Central precisa “começar a baixar” taxas

Durante lançamento de programa para reforma de imóveis, presidente disse que manutenção da Selic elevada prejudica a economia e limita o acesso ao crédito

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O presidente Lula durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília | Reprodução/YouTube @canalgov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira (20) uma nova redução dos juros no Brasil pelo Banco Central (BC).

“O Banco Central vai precisar começar a baixar os juros porque todo mundo sabe o que herdamos e sabe que estamos preparando esse país para ter uma política monetária mais séria”, afirmou o presidente durante o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Na mais recente reunião, encerrada em 17 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a Selic - taxa básica de juros da economia brasileira - em 15% ao ano. O governo considera o nível ainda elevado e esperava uma redução mais expressiva, apesar da interrupção no ciclo de alta dos juros sob a gestão de Gabriel Galípolo, indicado por Lula para a presidência do BC.

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Segundo o presidente, a manutenção dos juros altos prejudica a economia e limita o acesso da população ao crédito.

“Quero que os empresários todos ganhem muito dinheiro. Quero que as suas empresas possam crescer, produzir, gerar emprego. [...] Quero que banqueiros ganhem dinheiro, mas não precisa extorquir o povo. Ganhe dinheiro de forma tranquila, emprestando a juros razoáveis”, declarou.

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Lula pariticipou, nesta segunda-feira (20), do lançamento do Reforma Casa Brasil, que prevê R$ 40 bilhões em crédito para obras em moradias. A linha de financiamento utilizará recursos do Fundo Social e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). No evento, o presidente também criticou setores do mercado que resistiram à criação do programa.

“Eu quando vejo os empresários às vezes criticar a gente [dizendo] que a gente gasta demais, porque vai criar um programa de R$ 40 bilhões de financiamento de casa. Tinha gente que não queria que a gente criasse esse programa [...] ‘Ah porque para o mercado não interessa’”, disse.

Inicialmente, o Reforma Casa Brasil atenderá moradores de áreas urbanas em capitais, cidades com mais de 300 mil habitantes ou inseridas em regiões metropolitanas desse porte.

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