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Economia

Inflação: preços sobem 0,36% em maio, impactados por energia elétrica e remédios

Índice caiu 0,07 ponto percentual em relação a abril, quando marcou 0,43%; acumulado em 2025 chega a 2,80%

Imagem da noticia Inflação: preços sobem 0,36% em maio, impactados por energia elétrica e remédios
Energia elétrica | Divulgação/Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do Brasil, teve alta de 0,36% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador apresentou queda de 0,07 ponto percentual (p.p.) em relação a abril, quando marcou 0,43%.

Em 2025, IPCA-15 acumula alta de 2,80%. Nos últimos 12 meses, o índice registra 5,40%, abaixo dos 5,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2024, o índice ficou em 0,44%.

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"Vilões" da inflação em maio: energia, saúde e vestuário

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, destacam-se altas em vestuário (0,92%), saúde e cuidados pessoais (0,91%) e habitação (0,67%). Apenas transportes (-0,29%) e artigos de residência (-0,07%) tiveram queda em maio.

Em habitação, instituto reforçou peso da energia elétrica residencial, que subiu 1,68% e teve maior impacto individual no índice (0,06 p.p.).

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Dados do IPCA-15 em maio de 2025 e comparação com abril | Reprodução/IBGE
Dados do IPCA-15 em maio de 2025 e comparação com abril | Reprodução/IBGE
"Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos. Além disso, foram apropriados os seguintes reajustes tarifários: 2,07% em Salvador (2,94%), a partir de 22 de abril; 3,33% em Recife (2,88%), a partir de 29 de abril; e redução de 1,68% na tarifa em Fortaleza (2,15%), a partir de 22 de abril", explicou o IBGE.

Também no item habitação, a taxa de água e esgoto (0,51%) considerou reajustes em diversas cidades.

No grupo vestuário, roupa feminina (1,56%), masculina (0,92%) e infantil (0,36%) apresentaram alta. Em saúde e cuidados pessoais, resultado foi puxado por produtos farmacêuticos, que aumentaram 1,93%. "Reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março", disse o IBGE.

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Em alimentação e bebidas (0,39% e contribuição de 0,09 p.p. no índice), comer em casa (alimentação no domicílio, segundo a nomenclatura da pesquisa) caiu de 1,29% em abril para 0,30% no mês de maio. Segundo o indicador, produtos como tomate (7,28%), arroz (4,31%) e frutas (1,64%) sofreram queda. Já preços de batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%) aceleraram.

Veja impacto de preços de algumas capitais no IPCA-15 nacional de maio de 2025 | Reprodução/IBGE
Veja impacto de preços de algumas capitais no IPCA-15 nacional de maio de 2025 | Reprodução/IBGE

Comer fora de casa (alimentação fora do domicílio) também caiu, para 0,63% – em abril, marcou 0,77%. Após subir 1,23% no mês anterior, alta do lanche ficou em 0,84% em maio. Refeição caiu de 0,50% para 0,49%.

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A queda registrada no grupo transportes (-0,29%) foi influenciada pela diminuição no preço de passagens aéreas (-11,18%). Já combustíveis cresceram de -0,38% em abril para 0,11% em maio: altas de etanol (0,54%) e gasolina (0,14%) e quedas em óleo diesel (1,53%) e gás veicular (0,96%).

O IPCA-15 de maio foi calculado com base em preços coletados entre 15 de abril a 15 de maio. A comparação foi com preços vigentes de 18 de março a 14 de abril.

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