Publicidade
Economia

Gastos do governo com aposentadorias e BPC devem aumentar em 50% em 15 anos, indica estudo

Em 2040, previdência social deve comprometer 8,3% do PIB brasileiro, segundo levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP)

Publicidade

Os gastos do governo federal com previdência social devem aumentar em 50% nos próximos 15 anos, mesmo após a Reforma da Previdência de 2019, segundo um levantamento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), que analisa o impacto do envelhecimento populacional nas contas públicas.

+ Fraudes no INSS: entenda plano para ressarcir aposentados e pensionistas e veja como solicitar reembolso

Em 2023, os recursos destinados ao pagamento de aposentadorias e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) - pago a quem tem mais de 65 anos ou a pessoas com deficiência há mais de 2 anos, independentemente de contribuição prévia - comprometiam 6,5% do Produto Interno Bruno do Brasil (PIB).

De acordo com o estudo, até 2040, a soma destes dois gastos deve sofrer um aumento de até R$ 600 bilhões, chegando a ocupar 8,3% do PIB brasileiro.

O envelhecimento da população combinado com a queda no número de nascimentos é um cenário que preocupa especialistas. Com menos pessoas entrando no mercado de trabalho e mais aposentados, a tendência é de que as contas públicas entrem em desequilíbrio, conforme explica o gerente de Inteligência Técnica do CLP, Daniel Duque.

+ MEC lança programa para ampliar educação financeira nas escolas

"A previdência já é o maior gasto público do governo federal, de todos os governos. E por quê? Porque, justamente, não só a gente tem uma população envelhecendo, mas também a gente tem regras que destoam de outras regras do resto do mundo", alerta o especialista. "Esses dois fatores combinados, menos pessoas entram no mercado de trabalho e mais pessoas entrando na aposentadoria e ficando mais tempo recebendo benefícios, acaba se tornando a bomba-relógio".

O gerente de Inteligência Técnica do CLP defende ainda que as mudanças promovidas pela Reforma da Previdência de 2019 também são insuficientes e que, sem adaptações, o estrangulamento previdenciário pode limitar recursos para áreas fundamentais como saúde e educação.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade