Confiança do empresário industrial mantém tendência e cresce para 53,3 em setembro
Avaliação das condições atuais e expectativas da economia brasileira se tornaram menos negativas
Yumi Kuwano
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou, pelo segundo mês consecutivo, alcançando 53,3 pontos, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados nesta quarta-feira (11). O aumento foi de 1,6 ponto em setembro. Em comparação com o mesmo mês de 2023, o índice subiu 1,4 ponto.
A melhora da avaliação da economia brasileira é a principal responsável pela alta da confiança: tanto a avaliação das condições atuais quanto as expectativas da economia do país se tornaram menos negativas.
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Para a pesquisa, foram ouvidas, entre os dias 2 e 6 de setembro, 1.207 empresas, sendo 488 de pequeno porte; 441 de médio porte; e 278 de grande porte. O ICEI é composto por dois componentes: o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas, que quantificam a percepção dos empresários industriais em relação aos seus negócios e à economia brasileira, no presente e o que se espera do futuro. Em setembro, os dois apresentaram alta.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, atribui os dados ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e desempenho do setor.
“O PIB do segundo trimestre surpreendeu positivamente, com relevante participação do setor industrial, o que é uma boa notícia para o empresariado. Isso pode ter influenciado tanto a avaliação das condições atuais quanto das expectativas. Em termos de produção, emprego e mesmo de intenção de investimentos, a indústria vem registrando dados positivos, o que certamente melhora a confiança”, explica.
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Presente e futuro
Apesar de ter a menor alta, o Índice de Expectativas teve maior participação no resultado positivo, alcançando 55,4 pontos em setembro (+1,5). Ao ultrapassar a linha divisória dos 50 pontos, ele indica mais otimismo dos empresários em relação aos próximos seis meses.
Em relação às expectativas sobre a economia brasileira, o avanço foi de 2,9 pontos, totalizando 49,1 pontos.
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Já o Índice de Condições Atuais teve o maior avanço (+1,8 ponto), indo a 49 pontos, mas ainda abaixo da linha divisória em setembro, o que demonstra uma percepção negativa das condições atuais, porém em menor intensidade que em agosto.
Quanto às condições atuais da atividade econômica do país, houve um salto para 44,4 pontos, um crescimento de 3,8.