Economia

Dólar volta a subir e fecha acima de R$ 5,40 após dados dos EUA e tensão entre Planalto e Senado

Alta da moeda reflete ajuste ao payroll norte-americano e reação à indicação de Jorge Messias ao STF

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O dólar fechou esta sexta-feira pós-feriado em forte alta no Brasil, novamente acima dos R$ 5,40, impulsionado pelas notícias sobre o mercado de trabalho norte-americano e pelos ruídos entre Planalto e Senado após indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Em meio ao avanço firme da moeda norte-americana também no exterior, o dólar esta sexta-feira em alta de 1,20%, aos R$ 5,4020. Na semana, a moeda norte-americana acumulou ganho de 1,97%.

A moeda norte-americana oscilou em alta ante o real durante todo o dia, ajustando-se em relação à véspera. Enquanto o mercado brasileiro esteve fechado em função do feriado do Dia da Consciência Negra, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou na quinta-feira que a economia norte-americana gerou 119.000 vagas em setembro, ante projeção de 50.000 postos de economistas ouvidos pela Reuters. A taxa de desemprego subiu para 4,4%, ante projeção de 4,3%.

Os números do payroll, apesar de mistos, justificaram a alta do dólar ante a maior parte das divisas na quinta-feira, o que fez a moeda norte-americana se ajustar ante o real nesta sexta-feira.

O fato de o dólar ter subido novamente ante algumas divisas de emergentes e exportadores de commodities nesta sexta-feira, em um dia de queda firme do petróleo, também deu sustentação às cotações no Brasil.

O movimento foi intensificado pela disparada de ordens de stop loss (parada de perdas) em alguns momentos, mas também pelos desdobramentos da indicação do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A indicação de Messias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva desagradou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Neste cenário, há o receio de uma piora na relação entre Planalto e Senado, com possíveis consequências para a área fiscal.

Os fatores de alta para o dólar ante o real acabaram se sobrepondo à notícia, também da quinta-feira, de que o presidente Donald Trump assinou um decreto removendo a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros como carne bovina, café e suco de laranja, entre outros. A medida abre espaço para a recuperação das exportações do Brasil para os Estados Unidos, com potencial impacto no fluxo e nas cotações do dólar.

No exterior, embora as apostas em possível corte de juros nos EUA em dezembro tenham voltado a crescer nesta sexta-feira, o dólar seguiu mais forte que a maior parte das demais divisas.

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