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Economia

Cenário internacional e mercado de trabalho aquecido contribuíram para aumento de juros, diz Copom em ata

Última reunião aumentou a taxa básica de juros para 14,75%, no dia 7 de maio

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O Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, divulgou nesta terça-feira (13) a ata da reunião que decidiu aumentar a taxa básica de juros para 14,75%, em 7 de maio. Foram destacados um ambiente externo "adverso e particularmente incerto" e um mercado de trabalho aquecido, com queda do desemprego e alta de renda para justificar o ajuste.

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"Essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego."

Mercado externo

A ata destaca a política comercial dos Estados Unidos, no que chamou de "choque de tarifas" para mostrar a adversidade do ambiente e as "incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países".

Na avaliação do Copom, um ambiente de maior tensão geopolítica exige cautela por parte dos países emergentes. Também destaca as expectativas de inflação e a "inflação corrente" para deliberar sobre a taxa de juros.

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Mercado interno

A ata do Copom destaca ainda o dinamismo do mercado de trabalho. Renda, com ganhos reais, e emprego, com o aumento no nível de ocupação da população, dão suporte ao consumo e à renda.

"Ressaltou-se que a inflexão no mercado de trabalho também é parte do mecanismo de política monetária e deve se aprofundar ao longo do tempo, de modo compatível com um cenário de política monetária restritiva."

Futuro

A ata abre, ainda, espaço, para novos ajustes para manter a inflação na meta.

"A calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos."

"Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação", explicou o Copom.

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