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Economia

Brasil não entrará em guerra comercial, diz Padilha após taxação de aço e alumínio pelos EUA

Presidente norte-americano aumentou a tarifa sobre importações dos metais; medida impacta o Brasil

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Alexandre Padilha, o ministro das Relações Institucionais | Reprodução
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (11) que o Brasil "não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial" diante do "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi dita em coletiva de imprensa durante encontro com prefeitos, em Brasília.

Para o ministro, a posição do governo em não entrar no conflito é acertada, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre priorizou as vias diplomáticas. "O que o presidente Lula tem dito com muita clareza, outros países também: guerra comercial não faz bem para ninguém. Um dos avanços importantes para o mundo, nos últimos anos, foi exatamente a gente construir instrumentos, diálogo com os países", afirmou.

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Trump assinou nessa segunda (10) o aumento da tarifa sobre importações de alumínio e aço, de 10% para 25%, como havia anunciado no fim de semana.

O presidente dos EUA cancelou as "cotas de isenção" de impostos para os principais fornecedores dos materiais: Canadá, México, Brasil e outros países. A medida aumenta o risco de uma "guerra comercial multifacetada", ou seja, que afetam exportadores de diversos produtos que hoje alimentam o território norte-americano.

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O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para o país, ficando atrás apenas do Canadá em 2024. As exportações brasileiras totalizaram 4,08 milhões de toneladas no ano, o que representa 15,5% de todo o aço vendido aos norte-americanos, segundo o próprio Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DOC). O valor dessas vendas alcança quase US$ 3 bilhões.

Em 30 de janeiro, o presidente Lula declarou que haverá "reciprocidade" caso Trump taxe produtos brasileiros. "Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade no Brasil em taxar os produtos importados dos EUA", afirmou Lula no Palácio do Planalto.

No entanto, o SBT News apurou que essa reciprocidade não deve ser aplicada imediatamente. O presidente Lula optou por cautela antes de adotar uma retaliação.

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