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Economia

Brasil criou 1,6 milhão de empregos formais em 2024, mostram dados do Caged

Crescimento foi de 16,5% em relação a 2024; país fechou mais de 500 mil vagas com carteira assinada em dezembro, número acima das previsões do governo

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Caged divulgou dados de emprego em 2024 | Divulgação/Wilson Dias/Agência Brasil
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O Brasil encerrou 2024 com 1.693.673 empregos formais criados após redução de 535.547 postos de trabalho em dezembro, mostram dados do mais recente Cadastro Geral de Empregados e Desempregado, o Novo Caged. Número de desligamentos no último mês do ano foi acima do esperado pelo governo federal.

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O crescimento é de 16,5% em relação a 2023: 1.693.673 postos de trabalho com carteira assinada no ano passado contra 1.454.124 em 2023.

O saldo em dezembro teve variação relativa de -1,12%. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, comandado por Luiz Marinho, a redução foi "típica" para o último mês do ano, mas acima das previsões do governo.

"Historicamente, dezembro é negativo no Caged, é mês de ajustes", ponderou Marinho em coletiva de imprensa. "Foi acima do que esperávamos. Esperávamos [redução] da ordem de 430 a 450 mil", informou.

Questionado por um jornalista se ciclo de aumentos da Selic, a taxa básica de juros, impactou desligamentos em dezembro passado, Marinho respondeu que "é evidente que o número pode estar influenciado, sim" pelas altas. Nessa quinta (29), o Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central, elevou a taxa para 13,25% ao ano.

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"Não vi ninguém dizendo que esperava coisa diferente por parte do Copom, dada a circunstância do decorrer do ano passado", explicou o ministro. "Vamos ter que observar neste primeiro trimestre como vai se comportar o conjunto de setores da economia", completou.

Outros dados de dezembro de 2024

Segundo o Caged, todas as unidades da Federação (UFs) tiveram saldo negativo nos empregos formais em dezembro de 2024. São Paulo (-190.569), Minas Gerais (-68.617) e Santa Catarina (-43.017) foram os estados com mais desligamentos.

Santa Catarina (-1,65%), Minas Gerais (-68.617; -1,38%) e São Paulo (-1,31%) lideram a lista de maiores saldos negativos.

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Houve redução em "todos os grandes grupamentos de atividades econômicas", de acordo com o cadastro, principalmente nos setores de serviços (-257.703) e indústria (-116.422).

Segundo o Ministério do Trabalho, a "boa notícia do mês" foi aumento no salário médio real de admissão: R$ 2.162,22, crescimento de R$ 33,41 (+1,57%) em comparação com o mesmo período de 2023 (R$ 2.128,90).

Saldos de empregos formais em 2024

+ Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas tiveram saldos positivos, como serviços (929.002; 4,20%), comércio (336.110; 3,28%) e indústria (306.889; 3,56%), puxada pela indústria de transformação (282.488);

+ Construção civil gerou mais 110.921 postos (4,04%), enquanto agropecuária teve 10.808 (0,61%) novos empregos;

+ Houve saldo positivo em todas as 27 UFs no ano. Destaque para São Paulo (459.371), Rio de Janeiro (145.240) e Minas Gerais (139.503). Amapá (10,07%), Roraima (8,14%); Amazonas (7,11%) e Rio Grande do Norte (6,83%) registraram as maiores variações positivas;

+ Entre as cinco regiões, Sudeste liderou, com 779.170 postos (3,35%). Depois, vêm Nordeste (330.901; 4,34%), Sul (297.955 postos; 3,58%), Centro-Oeste (137.327; 3,38%) e Norte (115.051; 5,07%).

+ Vagas formais por gênero e raça. Saldo positivo para mulheres (898.680) e homens (794.993). Também para pardos (1.929.771), brancos (908.732), pretos (373.501) e amarelos (13.271), mas negativo para indígenas (-1.502).

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