Economia

Associação com Caixa e BNDES engrossa defesa do BC no caso Master

“Autonomia decisória do regulador é essencial”, diz ABDE na véspera de acareação no STF

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Fachada do Banco Master | Divulgação/Rovena Rosa/Agência Brasil

A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que reúne instituições financeiras como Caixa Econômica Federal e o BNDES, engrossou a defesa do Banco Central em meio à pressão enfrentada pela autoridade monetária no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Supremo Tribunal Federal (STF), após ter determinado a liquidação do Banco Master.

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Sem citar nominalmente as cortes nacionais, a ABDE afirmou em nota que a “preservação da autoridade técnica e do pleno e autônomo exercício das funções do Banco Central” é uma condição indispensável para “manutenção da estabilidade, credibilidade, confiança, higidez e bom funcionamento do sistema financeiro nacional”.

Os associados à ABDE afirmam ter confiança na capacidade técnica do BC. “A credibilidade e autonomia decisória do regulador é essencial para a continuidade das atividades do setor bancário, para a proteção dos agentes econômicos, especialmente pessoas físicas mais vulneráveis a cenários de incerteza”, declarou a entidade.

Nesta terça-feira (30), o gabinete do ministro Dias Toffoli, do STF, fará uma acareação entre o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, o dono do Master, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa. Além disso, o BC terá de dar explicações ao ministro Jhonatan de Jesus, do TCU, sobre a liquidação.

Como mostrou a coluna, no sábado (27), entidades do mercado como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiram uma nota conjunta para defender a atuação do BC, movimento agora reforçado pela ABDE.

Leia, abaixo, a nota na íntegra

A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que congrega 35 instituições financeiras, entre bancos públicos federais, subnacionais, agências de fomento, cooperativas de crédito, Finep e Sebrae, grupo que representa 46% do mercado de crédito brasileiro, defende a preservação da autoridade técnica e do pleno e autônomo exercício das funções do Banco Central do Brasil como condição indispensável para a manutenção da estabilidade, credibilidade, confiança, higidez e bom funcionamento do sistema financeiro nacional.

A preservação do mérito técnico, impessoal e baseado nos princípios que regem as boas práticas de gestão nas decisões de órgãos reguladores é resultado de décadas de amadurecimento institucional, sendo fundamental para garantia da credibilidade e higidez do setor bancário, o que tem dado contribuição inequívoca ao crescimento econômico e institucional do país.

Neste sentido, os associados da ABDE, que representam mais de R$ 2,5 trilhões em ativos, reafirmam a confiança na capacidade técnica do Banco Central do Brasil, uma das instituições reguladoras reconhecidas internacionalmente pela sua excelência. A credibilidade e autonomia decisória do regulador é essencial para a continuidade das atividades do setor bancário, para a proteção dos agentes econômicos, especialmente pessoas físicas mais vulneráveis a cenários de incerteza.

Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE)

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