Arábia Saudita e Chile retomam importações de aves do Brasil
Empresas brasileiras enfrentam uma série de proibições comerciais regionais e nacionais desde o primeiro surto de gripe aviária no país

Reuters
A Arábia Saudita suspendeu a proibição de importações de aves do estado do Rio Grande do Sul, onde um surto de gripe aviária foi registrado em uma granja comercial em maio, de acordo com um memorando do Ministério da Agricultura emitido nesta quinta-feira (14).
O Chile, que também havia adotado restrições comerciais após o surto, foi outro país a concordar em retomar a compra de produtos avícolas brasileiros produzidos após 9 de agosto, segundo um documento separado enviado do Chile às autoridades brasileiras.
O país sul-americano estará aberto à importação de ovos férteis, pintinhos de um dia, frango fresco e produtos processados do Brasil, segundo o documento, emitido nesta quinta-feira após uma visita de autoridades chilenas ao Brasil na semana passada.
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Ainda de acordo com o documento, as autoridades chilenas reconhecem o estado do Rio Grande do Sul como livre da doença de Newcastle, uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves, como a gripe aviária.
Mais cedo, executivos da BRF saudaram o fim da proibição da Arábia Saudita e a possível flexibilização das restrições comerciais do Chile em uma coletiva de imprensa.
A BRF divulgou nesta quinta-feira resultados sólidos no segundo trimestre, mas as proibições comerciais afetaram as exportações de aves da empresa e os resultados trimestrais, segundo executivos.
As empresas brasileiras têm enfrentado uma série de proibições comerciais regionais e nacionais desde o primeiro surto de gripe aviária em uma fazenda comercial no país, que estão sendo suspensas de forma gradual.
Grandes importadores de alimentos, como a China, ainda não retomaram a compra de aves brasileiras.