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Economia

Após alta da Selic, CNI diz que Banco Central precisa rever postura urgentemente

Entidade avalia decisão do Comitê de Política Monetária como injustificada e incompreensível; alta da taxa básica de juros é a terceira consecutiva

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Foto: Reprodução/Freepik
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como "incompreensível e injustificável" o aumento para 12,25% da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, na tarde desta quarta-feira (11).

+ Copom aumenta Selic e taxa básica de juros chega a 12,25%

A decisão de elevar a taxa em 1 ponto percentual coloca o Brasil em segundo lugar no ranking de maior juro real do mundo, atrás apenas da Turquia, segundo dados da consultoria MoneYou. O aumento é o terceiro seguido.

De acordo com a CNI, a alta não faz sem sentido no atual contexto econômico do país e a postura do BC precisa ser revista urgentemente. A nota divulgada pela entidade cita a desaceleração da inflação em novembro e o corte de gastos do governo. No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,39%, abaixo do registrado em outubro, quando variou 0,56%.

+ Inflação fica em 0,39% em novembro, com grande impacto das carnes

A decisão do Banco Central, segundo a CNI, também ignora a desaceleração da atividade econômica e a tendência de redução de juros nas principais economias globais, trazendo impactos negativos para a população.

"A decisão do Banco Central é impor um remédio exagerado para controlar a inflação, com efeitos indesejados sobre a economia [...] A trajetória da política monetária deve levar em conta a necessidade que o Brasil tem de reduzir o custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores", diz a nota.

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