PIB brasileiro deve crescer 2,1% em 2023, projeta CNI
Expectativa é influenciada pelo avanço da reforma tributária no Congresso e pela queda da inflação
Camila Stucaluc
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve registrar um crescimento de 2,1% neste ano. A projeção, divulgada nesta 5ª feira (13.jul), é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta para uma desaceleração do índice em comparação a 2022, com um quadro desafiador para a indústria e para as atividades do varejo mais sensíveis ao crédito.
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Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o cenário é influenciado pela falta de competitividade da indústria nacional, bem como pelos juros elevados. Apesar dos fatores, ele afirma que as expectativas para a economia brasileira neste ano são positivas, sobretudo devido ao avanço da reforma tributária no Congresso e à queda da inflação.
"Além disso, o governo precisa acelerar a implementação de uma política industrial, para que o país tenha uma maior inserção nas cadeias globais de produção, de forma inovadora e sustentável", ressalta Braga de Andrade.
No geral, a previsão é que o PIB da indústria seja de 0,6%, com queda de 0,9% na indústria da transformação. O PIB da construção, por sua vez, pode ficar em 1,5% em 2023 - queda significativa em comparação aos 6,9% registrados no ano passado. A maior expectativa da CNI é para o PIB agropecuário, que deve registrar aumento de 13,2% no fim do ano.
Em relação à inflação, a projeção é que o índice encerre 2023 em 4,9%, enquanto a Selic, taxa básica de juros, deve terminar em 12%. A queda deve incentivar o consumo das famílias, que também contarão com estímulos fiscais, como o Bolsa Família, e o aumento de 6,8% na massa de rendimento real, encerrando o ano com crescimento de 1,8%.
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O mercado de trabalho, por sua vez, tende a manter baixa taxa de desemprego. A estimativa da CNI é de expansão de 2% do número de pessoas ocupadas no quarto trimestre de 2023 ante o mesmo período de 2022. O crescimento das ocupações deve contribuir para o recuo de 1 ponto percentual na taxa de desemprego média, totalizando 8,3%.