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Economia

Desigualdade social pode diminuir com a influência do ESG?

Movimento do mercado financeiro exige que empresas paguem salários justos e impactem positivamente a sociedade

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Você já ouviu falar em educação financeira, certo? Talvez até replique por aí como é importante economizar 10 ou até 30% do salário. Mas, você já parou para pensar que a maioria dos brasileiros não tem como poupar? "Imagine uma pessoa com três filhos e uma renda instável. Muitas vezes passa o mês com R$ 800. Quem somos nós para dizer como usar, controlar o dinheiro? Ela usa por total necessidade", reflete Pablo Gomes, CMO da Jeitto, uma fintech dedicada a emprestar quantias a partir de R$ 35 para pessoas com pouca chance de conseguir crédito no mercado tradicional.

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"Com certeza, ela tem muito mais a ensinar para a gente", complementa Pablo, que tem apoio de uma estudiosa em desigualdade social. Ana Lucia Melo é diretora do Instituto Ethos. "Infelizmente, há uma concentração de renda em uma determinada parte da população e é importante que a sociedade olhe pra isso para se achar uma solução".

A desigualdade social é um fato escancarado no Brasil. O 1% mais rico possui quase a metade da fortuna patrimonial do país, enquanto a metade mais pobre tem menos de 1% da riqueza. Os dados são da World Inequality Lab, da Universidade de Paris. Mostra também que a pandemia de Covid-19 contribui ainda mais para a desigualdade. Mas, enfim, o que poderia melhorar a situação?

Para Ana, "a principal mazela é o fato da gente ter naturalizado a desigualdade. A gente reclama sobre, mas não consegue encontrar outro caminho". Entretanto, há uma nova aposta para que a desiguldade social diminua, o ESG. Sigla em inglês que significa promover um impacto positivo no meio ambiente, no social e na governança corporativa.

Ainda não é possível garantir se o ESG será eficiente a ponto de diminuir a desigualdade social. Porém, ajuda. Porque "para uma verdadeira sustentação, o modelo que vem sendo construído não é o mais adequado. Quando a gente fala das desigualdades e o que significa para a sociedade. A questão da erosão da coesão social, a ampliação da violência, tem uma série de consequências desse modelo econômico que foi fomentado por um tempo que, hoje, a nossa geração percebe que é possível pensar diferente e propor soluções diferentes. Aí o ESG entra como essa proposta", atesta Ana.

Ela diz mais: "É importante pensar em lucro, mas também é importante pensar em longo prazo. Acho que o grande desafio hoje é do imediatismo. Isso tem mostrado que não é a solução. A gente precisa de outros caminhos, de uma relação de escuta-ativa, de uma compreensão das reais necessidades. O que pode ser diferente aqui no Brasil, na Ásia, na África e até nos países vizinhos. É preciso que as empresas assumam esse ativismo para as sociedades nas quais atuam".

Para saber mais sobre a influência do ESG na diminuição da desigualdade social, assista o episódio 23 de Foco ESG:

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