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Economia

1º trimestre de 2023 registra maior saída na poupança desde 1995

Brasileiros depositaram R$ 908,4 bilhões na caderneta, mas sacaram R$ 959,6 bilhões

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1º trimestre de 2023 registra maior saída na poupança desde 1995
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A população brasileira sacou R$ 51,23 bilhões da caderneta de poupança neste primeiro trimestre de 2023. Essa é a maior retirada acumulada para o período desde 1995. No primeiro trimestre do ano passado, os saques superaram os depósitos em R$ 40,37 bilhões. Informações foram divulgadas pelo Banco Central.

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Janeiro e fevereiro registraram saldo negativo -- mais saques que depósitos -- recorde, de R$ 33,6 bilhões e R$ 11,5 bilhões, respectivamente. Em março, no entanto, houve um desaceleramento, os brasileiros sacaram R$ 6,09 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança. 

Ou seja, no primeiro trimestre, os brasileiros depositaram R$ 908,4 bilhões na Caderneta, mas sacaram R$ 959,6 bilhões. Ainda, a poupança não registra entrada líquida de dinheiro no 1º trimestre desde 2014. 

Rendimento

De acordo com a Agência Brasil, até recentemente, a poupança rendia 70% da taxa Selic (juros básicos da economia). Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. 

Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, o que fez a aplicação financeira deixar de perder para a inflação pela primeira vez desde meados de 2020.

No ano terminado em março, a aplicação rendeu 7,7%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial, atingiu 5,36%.

O IPCA cheio de março será divulgado na próxima terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informa a Agência.

Últimos três anos

Em 2022, a caderneta registrou fuga líquida -- mais saques que depósitos -- recorde de R$ 103,24 bilhões, num cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic.

Em 2021, a poupança teve retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. Á época havia o fim do auxílio emergencial e os rendimentos eram baixos.

Em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. 

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