Brasil deve alcançar com folga um novo recorde na safra de trigo
Estimativa é da Conab, que também projeta lucro maior para o produtor rural na temporada
O Brasil já plantou em 65% da área destinada ao trigo nesta safra, que é de 2,9 milhões de hectares. A estimativa de colheita é de 9 milhões de toneladas. São 17,6% a mais que no ciclo anterior, o que significa mais um recorde.
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Os números são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que espera ainda um ganho de produtividade de 10,3% na comparação anual, para 3 toneladas de trigo por hectare. Há 32 anos, o rendimento agrícola era de 1 tonelada/hectare.
Além de conseguir plantar em área maior e ver a produtividade aumentar com o uso de tecnologias melhorias, o triticultor brasileiro deve ganhar mais nessa temporada. A valorização acontece graças a falta dos produtos ucraniano e russo.
A guerra e o câmbio favorável vão promover lucros também recordes ao produtor rural, avalia a estatal em nota: "a retomada da valorização cambial, somada à alta da cotação argentina, que acabam por encarecer a paridade de importação, foram fatores determinantes para as valorizações sobre as cotações domésticas".
A Conab ainda reduziu em 500 mil toneladas a previsão de importação de trigo pelo Brasil na safra que se encerrou em junho. Deve ficar em 6 milhões de toneladas. Já a quantia exportada pode ser maior, de 3,15 milhões para 3,2 milhões de toneladas.
Para 2022/23, a previsão é de exportação de 2,5 milhões de toneladas, enquanto a importação foi estimada em 6,5 milhões de toneladas.
Soja e milho
A estatal não alterou as estimativas das safras de soja e milho, em 124,05 milhões de toneladas e 115,66 milhões de toneladas, respectivamente.
Com a nova projeção, a Conab estima um aumento de 32,8% na safra de milho na comparação com o ciclo passado, quando o país sofreu com seca e geadas.
A alta na produção é puxada sobretudo pela segunda safra do cereal, que está sendo colhida e foi estimada em 88,4 milhões de toneladas, crescimento de 45,6%.
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