Seis em dez empresas perderam faturamento durante a pandemia em SP
Entre abril e maio, a maioria dos negócios ainda aponta redução no volume de clientes
![Seis em dez empresas perderam faturamento durante a pandemia em SP](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FEconomia_714cee883a.jpg&w=1920&q=90)
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) divulgou, nesta 2ª feira (5.jul), uma pesquisa que aponta queda no rendimento dos empreendimentos paulistas: 63% de cerca de 100 empresas pesquisadas, entre abril e maio, disseram ter o lucro comprometido por conta da pandemia de Covid-19.
Mais do que isso, sete em cada dez delas (72%) experimentaram redução no volume de clientes em decorrência das restrições de circulação impostas em meio à crise sanitária, a fim de mitigar os efeitos da transmissão do covid-19.
O estudo mostra, ainda, que até a chegada da pandemia ao Brasil, a maioria dos negócios em São Paulo vivia situação de estabilidade. Assim, pode-se dizer que o covid-19 deteriorou a situação deles: 54% dos empresários ouvidos disseram que, antes da crise, tinham uma condição estável no faturamento.
Quase um terço deles (31%) respondeu que, na verdade, as condições eram boas ? enquanto só 14% passavam por dificuldades até a chegada da pandemia.
Rápida falência em 2021
Outra pesquisa, da consultoria Serasa Experian, ajuda a entender a conjuntura do estudo da Fecomercio-SP: ela mostra que, em apenas quatro meses, o Brasil já perdeu quase um terço (27%) de todas a micros e pequenas empresas que faliram ao longo de 2020.
Se em todo o ano passado foram 502 mil falências de negócios deste porte, só entre janeiro e abril de 2021 este número foi de 139 mil. A porcentagem é a mesma para as médias empresas: nos quatro primeiros meses deste ano, 34 mil delas fecharam as portas ? o que representa 27% em relação às 125 mil que deixaram de existir em todo o ano de 2020.
Já entre as grandes empresas, o Brasil perdeu até abril um quarto de todas aquelas que o País deixou de ter no ano passado. Foram 13 mil falências nos quatro primeiros meses do ano, depois de um 2020 com 63 mil registros.
No total, 325 mil empresas, entre todos os portes, fecharam as portas no País entre janeiro e abril deste ano. Considerando que, ao longo de 2020, foram 690 mil falências, o cenário é de um avanço acelerado de negócios sem condições de seguir funcionando: em quatro meses, o Brasil já perdeu quase a metade (47%) de todos os negócios que deixaram de existir no ano passado.