Pacheco diz ser alvo de fake news e pede responsabilidade de plataformas digitais
Presidente do Senado afirmou que situação está ficando "insustentável" e pediu que Câmara avance no tema
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, pediu a responsabilização das plataformas digitais para evitar a divulgação de informações falsas no ambiente virtual. A cobrança foi feita durante sessão na Casa na noite de terça-feira (12), quando o senador revelou que foi alvo de fake news nas redes sociais nesta semana.
+ Caso Choquei pressiona Congresso por regulamentação das redes sociais
“Está ficando insustentável a quantidade de mentiras na internet. Acho que cabe às plataformas ter um pouco de responsabilidade em relação a isso. Ontem mesmo eu fui vítima de fake news: disseram que eu sou a favor de poligamia, de mudança de sexo de criança e um monte de outras coisas. Isso evidentemente é uma mentira”, disse.
Pacheco ressaltou que o Senado já aprovou um projeto de lei “para colocar limites nas plataformas digitais” e disse esperar que a Câmara conclua a votação da matéria.
A proposta em questão cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, estabelecendo normas relativas à transparência de redes sociais e de serviços de mensagens privadas, como WhatsApp e Telegram. A intenção é evitar notícias falsas que possam causar danos individuais ou coletivos e à democracia.
Na opinião de Pacheco, a situação atual é "de anormalidade", uma vez que as plataformas digitais veiculam "tudo quanto é tipo de informação, de ódio, de deseducação, de desinteligência e de ataques reputacionais". Cenário este que deve “ser combatido”.
+ Linchamento após fake news: vereadores arquivam caso contra colega que compartilhou notícia falsa
“Não podemos mais conviver com isso. Espero que a Câmara discipline essa questão. Essa quantidade de mentiras, de fake news e desinformação manipulada por gente que vive disso, que fica o tempo inteiro na internet inventando mentiras sobre os outros. Realmente, nós temos que cuidar com bastante zelo e reagir a isso”, defendeu Pacheco.