Boulos sobre operação: "Que seja só o começo da responsabilização de Bolsonaro"
Ex-presidente foi alvo de busca e apreensão na manhã desta 4ª feira
O líder do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) na Câmara e candidato a deputado federal mais votado de São Paulo em 2022, Guilherme Boulos, disse esperar que a Operação Venire, da Polícia Federal (PF), "seja só o começo da resposabilização de Bolsonaro pelos crimes que cometeu". A declaração foi dada em entrevista ao SBT News.
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A operação visou ao esclarecimento da atuação de associação criminosa constituída para a prática do delito de inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão, e pessoas diretamente ligadas a ele, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de ex-chefe do Executivo.
"Primeiro é preciso dizer que a investigação começou orientada pela própria Controladoria-Geral da União do governo Bolsonaro. Foi o ministro Wagner Rosário que abriu a investigação achando estranho essa fraude no sistema. Se imaginou inclusive que foi um hacker, de início, mas não. Foi provocada pelo presidente da República, na época, com uma articulação com um secretário de Duque de Caxias, médico de uma prefeitura no estado de Goiás. Ou seja, o velho estilo miliciano de fazer as coisas que predominou no governo Bolsonaro", atacou Boulos.
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"Tem que responder por isso. A Polícia Federal foi lá, respeitando as prerrogativas legais, mas foi lá e fez busca e apreensão, prendeu as pessoas com quem tinha indícios mais que suficientes de envolvimento em crime", complementou.
Guilherme Boulos deverá disputar a prefeitura de São Paulo no ano que vem. No mês passado, em entrevista ao SBT, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que não irá se candidatar ao Executivo municipal no próximo ano e reconheceu que o deputado federal bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP) "é mais qualificado" para enfrentar Boulos (Psol-SP) na disputa.
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