"Temos votos para aprovar a PEC dos precatórios", diz Ricardo Barros
Governo depende da aprovação do texto para pagar Auxílio Brasil; são necessários 308 votos em dois turnos
Gabriela Vinhal
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios já reúne os votos necessários para ser aprovada ainda na noite desta 4ª feira (3.nov).
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"Nós achamos que vamos ter uma boa quantidade de votos para aprovar a PEC dos Precatórios hoje [4ª feira] em primeiro e segundo turno", disse Barros, após se reunir com líderes da base na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Questionado sobre quantos votos o governo conta, Barros se limitou a dizer: "O suficiente para aprovação". Por se tratar de uma PEC, a proposta precisa ser aprovada com ao menos 308 votos, em dois turnos. Depois disso, o texto é enviado ao Senado, onde também passa pelo mesmo modelo de votação e precisa de 49 votos.
Segundo o líder do governo, está em negociação a possibilidade de parcelar o pagamento dos precatórios do Fundo do Ensino Fundamental (Fundef) fora do teto de gastos. Assim, parlamentares que são contrários à PEC votariam favorável ao texto do relator, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), informou Barros.
"Nós fizemos uma boa reunião com os líderes da base, temos uma boa contagem de presença aqui em Brasília e estamos trabalhando agora os votos. Alguns estão pedindo para ver o parcelamento do Fundef. O relator, Hugo Motta, está, então, conversando com os governadores, com os deputados, com as bancadas que são mais ligadas à educação, que estão se comprometendo a votar se houver essa possibilidade", afirmou.
Se a proposta for aprovada, destravará a implementação do programa Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, porque abre espaço fiscal de cerca de R$ 80 bilhões no Orçamento de 2022.