Dinheiro na cueca: filho suplente de senador tem empresa condenada por fraude
Chico Rodrigues pode ser afastado do cargo após ter sido flagrado pela PF com R$ 33 mil nas nádegas. O filho Pedro Arthur assumiria o posto
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A empresa de Pedro Arthur Rodrigues, filho e suplente do senador Chico Rodrigues (DEM), flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca e investigado por desviar recursos do combate à covid-19 em Roraima, já foi condenada por fraude em licitação e desvio de dinheiro público pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Pedro é o sucessor natural do pai caso ele seja afastado do cargo. Na última 5ª feira (15 out), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso determinou o afastamento do senador por 90 dias. Essa decisão ainda será votada pelo Senado. Se a maioria dos parlamentares aprovar a determinação, quem ficará no lugar de Chico Rodrigues será Pedro.
O senador e ex-vice líder do governo é alvo de um inquérito da PF que investiga o desvio de quase R$ 966 mil em verbas públicas, com indícios de fraudes e direcionamento de licitação. A investigação teve início com uma denúncia feita por ex-funcionário da Secretaria de Saúde do estado.
Pedro Arthur Rodrigues e o outro filho do senador, Thiago Henrique Ferreira Rodrigues, são donos da empresa Art. Tec.Tecnologia em Construção, Terraplanagem e Comércio Ltda. A companhia foi condenada pelo TCU em 2011, após auditoria feita nos contratos de repasse e convênios de R$ 1 milhão firmados entre o município de São Luiz do Anauá (RR) e a União
No documento, emitido em 2004, o tribunal apontou diversas irregularidades como superfaturamento dos serviços, má execução do contrato, fraude em licitação e favorecimento de parentes do senador Chico Rodrigues. À época dos desvios, cometidos em 2001 e 2002, Pedro e Thiago ainda não eram sócios.
Mas a empresa era do tio deles, Emanuel Andrade Silva. A companhia foi condenada com o pagamento de multas e considerada inapta a participar de licitações. Até hoje, a Art Tec está inativa, segundo informações da Receita Federal. Após a condenação, a sociedade passou para os filhos do senador.
Em agosto de 2011, uma investigação Ministério Público Federal apontou que havia indícios de participação de Chico Rodrigues no esquema que foi condenado pela TCU. A procuradoria constatou irregularidades na aplicação de dinheiro público por meio do envio de emendas parlamentar do senador, à época vice-governador do estado, quando ainda era deputado federal.
O MPF identificou ainda que Emanuel teria se aproveitado da influência e do relacionamento pessoal que mantinha com a administração municipal e com Chico para manter os "esquemas" de desvio de recursos públicos. O esquema, segundo os procuradores, teve início com a emenda e se encerrou com o recebimento de parte do dinheiro destinado à execução do projeto de plantação de mudas de café.
Por envolver políticos com prerrogativa de foro, o inquérito, que correu sob segredo de Justiça, foi analisado pelo STF entre 2005 e 2010. Em 2011, quando a Art Tec já era ré, o Supremo encaminhou o processo para julgamento do TRF1, que condenou a empresa ligada a Chico Rodrigues a pagar multa de R$ 200 mil e a impediu de participar de qualquer disputa por contratos públicos por cinco anos.
Segundo a assessoria de imprensa do TRF1, o caso foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2014, onde tramita até hoje. Procurada pela reportagem, a assessoria do STJ comunicou que não poderia fornecer informações sobre processo, já que ele ainda é sigiloso. O SBT News tentou entrar em contato com Pedro. Conseguiu falar com a assessoria de imprensa do pai, o senador Chico Rodrigues, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta. O espaço está aberto. A empresa Art. Tec. está inativa.
Pedro é o sucessor natural do pai caso ele seja afastado do cargo. Na última 5ª feira (15 out), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso determinou o afastamento do senador por 90 dias. Essa decisão ainda será votada pelo Senado. Se a maioria dos parlamentares aprovar a determinação, quem ficará no lugar de Chico Rodrigues será Pedro.
O senador e ex-vice líder do governo é alvo de um inquérito da PF que investiga o desvio de quase R$ 966 mil em verbas públicas, com indícios de fraudes e direcionamento de licitação. A investigação teve início com uma denúncia feita por ex-funcionário da Secretaria de Saúde do estado.
Pedro Arthur Rodrigues e o outro filho do senador, Thiago Henrique Ferreira Rodrigues, são donos da empresa Art. Tec.Tecnologia em Construção, Terraplanagem e Comércio Ltda. A companhia foi condenada pelo TCU em 2011, após auditoria feita nos contratos de repasse e convênios de R$ 1 milhão firmados entre o município de São Luiz do Anauá (RR) e a União
No documento, emitido em 2004, o tribunal apontou diversas irregularidades como superfaturamento dos serviços, má execução do contrato, fraude em licitação e favorecimento de parentes do senador Chico Rodrigues. À época dos desvios, cometidos em 2001 e 2002, Pedro e Thiago ainda não eram sócios.
Mas a empresa era do tio deles, Emanuel Andrade Silva. A companhia foi condenada com o pagamento de multas e considerada inapta a participar de licitações. Até hoje, a Art Tec está inativa, segundo informações da Receita Federal. Após a condenação, a sociedade passou para os filhos do senador.
Em agosto de 2011, uma investigação Ministério Público Federal apontou que havia indícios de participação de Chico Rodrigues no esquema que foi condenado pela TCU. A procuradoria constatou irregularidades na aplicação de dinheiro público por meio do envio de emendas parlamentar do senador, à época vice-governador do estado, quando ainda era deputado federal.
O MPF identificou ainda que Emanuel teria se aproveitado da influência e do relacionamento pessoal que mantinha com a administração municipal e com Chico para manter os "esquemas" de desvio de recursos públicos. O esquema, segundo os procuradores, teve início com a emenda e se encerrou com o recebimento de parte do dinheiro destinado à execução do projeto de plantação de mudas de café.
Por envolver políticos com prerrogativa de foro, o inquérito, que correu sob segredo de Justiça, foi analisado pelo STF entre 2005 e 2010. Em 2011, quando a Art Tec já era ré, o Supremo encaminhou o processo para julgamento do TRF1, que condenou a empresa ligada a Chico Rodrigues a pagar multa de R$ 200 mil e a impediu de participar de qualquer disputa por contratos públicos por cinco anos.
Segundo a assessoria de imprensa do TRF1, o caso foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2014, onde tramita até hoje. Procurada pela reportagem, a assessoria do STJ comunicou que não poderia fornecer informações sobre processo, já que ele ainda é sigiloso. O SBT News tentou entrar em contato com Pedro. Conseguiu falar com a assessoria de imprensa do pai, o senador Chico Rodrigues, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta. O espaço está aberto. A empresa Art. Tec. está inativa.
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