Desempenho das indústrias de pequeno porte melhorou no terceiro trimestre, diz CNI
O Índice de Situação Financeira, que considera a satisfação dos empresários com o lucro operacional e com as finanças das empresas, também avançou
Guilherme Resck
O Índice de Desempenho das indústrias de pequeno porte cresceu de 45,4 pontos para 47,5 pontos na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, de acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta segunda-feira (4). O índice varia de 0 a 100, e quanto maior, melhor o desempenho da pequena indústria no período.
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De acordo com a CNI, "o indicador é calculado considerando uma ponderação entre o volume de produção, utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual e a evolução do número de empregados".
O resultado do terceiro trimestre está acima da média histórica, de 44 pontos, e é superior também ao registrado no mesmo período de 2023 (45,5 pontos).
O Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias avançou 1,7 ponto e fechou o terceiro trimestre em 42,8. O indicador considera a satisfação dos empresários com a margem de lucro operacional e com a situação financeira, além da avaliação da facilidade de acesso ao crédito. Quanto maior o resultado (que vai de 0 a 100), melhor a situação financeira das pequenas empresas.
O resultado do terceiro trimestre está 4,2 pontos acima da média histórica e é maior também que o registrado no mesmo período de 2023 (41,4).
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A CNI informa ainda que, em outubro, primeiro mês do quarto trimestre, o Índice de Confiança do Empresário Industrial das indústrias de pequeno porte ficou estável: 51,9 pontos, ante 52 de setembro.
De acordo com a confederação, "valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário". "Quanto mais acima de 50, maior e mais disseminada é a confiança. Quanto mais abaixo de 50, maior e mais disseminada é a falta de confiança", acrescenta. Esse indicador também varia de 0 a 100.
Já o Índice de Perspectivas das indústrias de pequeno porte, que captura as expectativas das empresas para os próximos seis meses, variou 0,2 pontos e fechou outubro em 49,8 pontos. A média histórica do indicador é de 46,9 pontos. Quanto maior o resultado (que pode ir de 0 a 100), mais positivas são as perspectivas do empresário da pequena empresa.
Problemas apontados
Segundo a CNI, no terceiro trimestre, problemas que envolvem a falta de trabalhador passaram da terceira para a segunda colocação entre os principais problemas das pequenas empresas.
"No caso da indústria de transformação, ganhou importância a falta de trabalhadores qualificados, apontada 29,8% das empresas, enquanto entre as pequenas indústrias da construção, o problema é a falta de trabalhadores não qualificados, apontada por 25%", ressalta a confederação.
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A primeira colocação de ambos os rankings foi ocupada pela carga tributária elevada, apontada por 42,5% das pequenas indústrias de transformação e 37,5% das pequenas indústrias da construção.
"A pequena indústria da transformação aponta a falta ou alto custo de matéria-prima como o terceiro problema mais frequente, com 29,3%, enquanto para a pequena indústria da construção são as taxas de juros elevadas, com 24,2%", pontua a CNI.