Descubra a verdade (ficcional) sobre a NASA em "Como Vender a Lua"
Filme, que estreia nessa semana, brinca com as teorias da conspiração sobre a chegada na lua
Cleide Klock - Los Angeles
No dia 20 de julho fará 55 anos que o homem pisou na lua pela primeira vez. Mas, tem gente que até hoje duvida que isso realmente aconteceu. O fato está rodeado de teorias da conspiração que dizem que tudo teria sido criado em estúdios de Hollywood. O filme que estreia nesta semana (11), "Como vender a Lua", brinca com essas teorias. Com Scarlett Johansson e Channing Tatum no elenco, o longa é um prato cheio para quem gosta de comédia, de ficção científica e também de uma boa polêmica conspiratória.
No auge da Guerra Fria, nos anos de 1960, União Soviética e Estados Unidos disputavam, simplesmente, a corrida de quem chegaria primeiro na lua. E, neste enredo, Kelly Jones (Johansson), é uma agente de marketing encarregada de melhorar a imagem pública da NASA e convencer a população que esse projeto bilionário era necessário para o orgulho patriótico, a perpetuação da ideia do excepcionalismo norte-americano e até para defender o capitalismo em cima do modelo comunista.
Em bom português, ela é daquelas 'marqueteiras' que venderiam até a mãe, e então, imagina o que pode fazer com a lua. Com enorme investimento de recursos dos norte-americanos e um sem-fim de fracassos e incertezas, teriam que ter um plano B. É aí que a trama brinca com as teorias da conspiração: um estúdio e cenas forjadas de um pouso cinematográfico.
Channing Tatum interpreta o diretor de lançamento da missão Apollo 11 e, nesta comédia romântica, os protagonistas esbanjam química.
"Também aprendo muito quando trabalho com outro ator que é ótimo, profissional, presente e interessante. A gente aprende muito sobre si mesmo também, porque é como uma dança que se faz com a outra pessoa. Então você aprende muito sobre como isso influencia o jeito que você está se sentindo como seu personagem, ou tem aquele botão que ele apertou que eu não tinha visto, ou como a pessoa te deixa sempre alerta, o que é divertido. E isso ajuda sua atuação a parecer mais viva", contou Scarlett Johansson.
Channing Tatum acrescentou: "Existem várias maneiras de fazer uma cena, obviamente. Ela [Scarlett] poderia entrar em cena vulnerável e isso mudaria tudo. Mudaria o plano que eu tinha entrando na cena e vice-versa. Tipo, ela poderia entrar e ficar ainda mais na minha cara, bagunçando tudo, mas com um sorriso e com aquela doçura artificial. Tipo, 'oi, tudo bem?', sabe? E você só quer matar a pessoa, mas não pode. Então é divertido, desde que você esteja disposto a encontrar a pessoa onde ela estiver."
Mais do que apenas uma comédia romântica, "Como vender a Lua" também explora temas como ambição, sonhos e o preço do sucesso.
Scarlett Johansson, em um momento, iria apenas produzir esse filme, mas gostou tanto da história que aceitou ser a protagonista.
"Eu produzi 'Viúva Negra' antes, quando fizemos o filme, antes da COVID. E foi ótimo porque eu pude acompanhar todo o processo criativo. E então você percebe, 'nunca mais vou poder deixar de produzir algo que eu esteja envolvida, porque é muito mais eficiente'. A menos que te ofereçam um papel em uma produção de Wes Anderson. Aí sim, é claro, ele tem a própria máquina bem resolvida e eu só estou entrando no universo dele. Mas acho que, na maioria das vezes, é por isso que você vê tantos atores produzindo os filmes que eles mesmos atuam, ou produzindo filmes para outros atores, porque é muito mais eficiente. E acho que deixa o set bem mais feliz, porque todo mundo sabe o que precisa fazer para o trabalho funcionar", disse a atriz.
Mas, atenção: "Como Vender a Lua" é apenas ficção! Não se deixe enganar pelas semelhanças com o evento real e com a persuasão dos personagens. O filme não quer instigar as teorias, é apenas uma sátira que brinca com o que dizem por aí sobre aquele 'pequeno passo para um homem e gigantesco salto para a humanidade'.