Petrobras demite funcionário acusado de assédio sexual por três mulheres
Petroleiro se aproveitava da condição hierárquica superior para intimidar as vítimas
SBT News
Após denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, a Petrobras demitiu um funcionário por assédio sexual. Segundo o relato de três vítimas, o petroleiro se aproveitava da condição hierárquica superior para intimidá-las.
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Enquanto trabalhava, esta mulher foi assediada sexualmente: "eu tava lavando a pia, né, que a gente tem que lavar a pia. Eu tava de costas, ele entrou por aí, passou e me agarrou e segurou na pia. Eu não consegui sair".
Ela conta que um colega presenciou tudo, mas o agressor continuou a intimidá-la. "E aí entrou uma pessoa que viu. O rapaz passou, bebeu água e saiu. Aí ele voltou e falou assim: tá vendo aí? Quem manda sou eu. Ele não vai falar nada. Ele é fechamento. Ele fecha comigo".
O caso aconteceu dentro de uma unidade da Petrobras, na zona norte do Rio, e foi parar na polícia. Funcionário de carreira da companhia, Cristiano Medeiros de Souza se tornou réu em processo criminal. Ele responde à acusação em liberdade.
Outras duas funcionárias terceirizadas que trabalham na área de limpeza também resolveram denunciá-lo.
A polícia investiga se esta uma das mulheres foi vítima de uma tentativa de estupro. "Ele veio e botou o negócio dele pra fora, aí eu falei: sai daqui, tira esse negócio daqui", conta a vítima.
Ela teria sido vítima de racismo também. "Ele falou: ah, sua neguinha. Neguinha do cabelo duro", relata a mulher.
"Ele começa cantando as mulheres, depois ele passa a perturbar as mulheres. Como ele não obtém sucesso, ele começa a usar sua condição de superior hierárquico. Em relação às outras duas vítimas, pelo que o inquérito está apontando - embora não esteja concluído - ele começou a usar, inclusive, de violência física, que - repito - é uma conduta padrão de predadores sexuais", diz Sauvei Lai, promotor do MPRJ.
A Petrobras informou, por meio de nota, que o funcionário em questão não faz mais parte da empresa, e que também abriu uma apuração interna. A companhia afirmou que não tolera qualquer ato de violência ou assédio.
Já a empresa terceirizada Vinil Engenharia disse que disponibilizou um advogado para as funcionárias e ofereceu possibilidade de transferência. A defesa do acusado nega as denúncias.
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