PF vai confrontar presos no caso Dom e Bruno
Investigação busca contradição e elo de presos e assassinos confessos com "Colômbia", que seria líder de pesca ilegal
A Polícia Federal, no Amazonas, vai confrontar os depoimentos dos assassinos confessos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips, com os novos presos por eventual envolvimento no crime, alvos de operação deflagrada no sábado (6.ago).
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Entre os presos, estão três familiares de Amarildo Costa de Oliveira, o Pelado, que está preso desde junho e admitiu ter sido um dos autores dos disparos. Um deles é filho de Pelado.
As investigações buscam eventual ligação dos assassinatos com um grupo organizado que fazia pesca ilegal na Terra Indígena Vale do Javari, onde Bruno e Dom foram assassinados em 5 de junho, no extremo Oeste do Amazonas.
Pelado e outros acusados seriam parte de um grupo organizado, que teria como líder, Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como "Colômbia". Com dupla nacionalidade - peruana e brasileira -, ele seria um financiador das pescas ilegais na região e para quem Pelado e outros acusados do crime trabalhariam.
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No sábado, a PF fez buscas e prendeu novos suspeitos de participação na ocultação dos corpos. As buscas foram realizadas em Atalaia do Norte (AM) e Benjamin Constant (AM).
A PF identificou "fortes indícios" de que "Colômbia seria líder e financiador de uma associação criminosa armada dedicada à prática da pesca ilegal na região do Vale do Javari, responsável por comercializar grande quantidade de pescado que era exportado para países vizinhos".
Foram identificadas contradições nos depoimentos dos acusados, em especial em relação à eventual ligação dos assassinatos com o esquema criminosos de pesca ilegal. A PF agora quer saber, se houve proteção por parte dos réus confessos de outros membros do grupo, em especial, Colômbia.
Além de Pelado, Jefferson da Lima Silva, o "Pelado da Dinha", confessou participação no assassinado. Os dois e o irmão de Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, o "Dos Santos", foram denunciados pelo Ministério Público pelos assassinatos. As apurações agoram buscam ligação de mando ou novos envolvidos no crime.