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ONU pede à Rússia que abra portos do Mar Negro e alerta para aumento da fome

Toneladas de grãos estão parados em silos em Odesa, e outros portos ucranianos, aguardando liberação russa

ONU pede à Rússia que abra portos do Mar Negro e alerta para aumento da fome
Antonio Guterres durante reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre segurança alimentar
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Em reunião com o Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta 5ª feira (19.mai), o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU, David Beasley, pediu que a Rússia abra o acesso aos portos marítimos na Ucrânia e afirmou que "a não abertura dos portos na Ucrânia será uma declaração de guerra à segurança alimentar global. Isso causará: fome, desestabilização e migração em massa em nações ao redor do mundo".

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Segundo a agência da ONU, 47 milhões de pessoas poderão enfrentar fome severa devido ao conflito iniciado em 24 de fevereiro. "Neste momento, os silos de grãos da Ucrânia estão cheios. Ao mesmo tempo, 44 milhões de pessoas em todo o mundo estão marchando para a fome", afirmou Beasley. "Estamos ficando sem tempo e o custo da inação será maior do que qualquer um pode imaginar. Peço a todas as partes envolvidas que permitam que esta comida saia da Ucrânia para onde é desesperadamente necessária para que possamos evitar a ameaça iminente de fome".

Com os portos bloqueados por causa da guerra, milhões de toneladas métricas de grãos estão em silos em Odesa e outros portos ucranianos no Mar Negro. Antes da guerra, a maior parte da comida produzida pela Ucrânia, suficiente para alimentar 400 milhões de pessoas, era exportada através dos sete portos do país no Mar Negro. Nos oito meses anteriores ao início do conflito, cerca de 51 milhões de toneladas de grãos transitaram pelos portos. Segundo a organização, sem a reabertura dos portos, a próxima colheita, que deve acontecer nos meses de julho e agosto, está comprometidas, pois os agricultores não terão local de armazenamento disponível.

A Rússia, no entanto, não demonstra interesse em abrir os portos ocupados. Segundo o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, a crise alimentar começou muito antes da "operação especial" russa na Ucrânia.

"Lembremos que a ameaça de uma crise alimentar global não surgiu este ano", disse. "A possibilidade de uma fome de proporções bíblicas e uma tempestade perfeita foi anunciada pelo diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU, que está participando desta reunião, em 2020."

"Na época, cerca de 155 milhões de pessoas em 55 países estavam expostas a ameaças críticas no campo da segurança alimentar", afirmou Nebenzya.

Na 3ª feira (17.mai), o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, já havia comentado ao jornal norte-americano The Wall Street Journal que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, havia proposto anteriormente, em reunião com Putin, a flexibilização das restrições à exportação de fertilizantes da Rússia em troca da passagem de navios com grãos dos portos da Ucrânia, mas o pedido foi negado pelo perigo que os portos apresentam no momento. Segundo Peskov, "os portos ucranianos estão agora minados e perigosos para o transporte".

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