Autoridades dos Estados Unidos visitam Kiev para encontro com Zelensky
Reunião entre líderes deve acontecer em meio à celebração da Páscoa ortodoxa
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Autoridades norte-americanas devem chegar hoje (24.abr) à Kiev, capital da Ucrânia, para um possível encontro com o presidente Volodymyr Zelensky. Entre as presenças estão os secretários de Estado, Antony Blinken, e da Defesa, Lloyd Austin, que irão oficializar a primeira visita do governo dos Estados Unidos ao país desde o início da invasão russa.
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Apesar da Casa Branca não comentar sobre a viagem, a informação foi anunciada por Zelensky na noite de ontem, durante entrevista coletiva. Na declaração, o líder ucraniano disse que a visita dos diplomatas não "era segredo para ninguém" e também afirmou que espera, "quando a segurança permitir", que o presidente Joe Biden também viaje ao país.
O encontro dos líderes deve acontecer em meio à celebração da Páscoa ortodoxa, segundo calendário juliano. No início da semana, o papa Francisco juntou-se ao apelo do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, por uma trégua temporária durante o período pascal. O pedido foi reforçado hoje pelo pontífice, que lamentou o uso das armas ao invés das palavras.
Em pronunciamento, Zelensky disse que estava procurando os americanos para produzir resultados, tanto em armas quanto em garantias de segurança. "Você não pode vir até nós de mãos vazias hoje, e estamos esperando não apenas presentes ou algum tipo de bolo, estamos esperando coisas específicas e armas específicas", afirmou.
O pedido por armamento se refere à intensificação dos ataques russos no leste do país, onde a cidade portuária de Mariupol foi ocupada pelo exército no último dia 21. Zelensky também ressaltou a necessidade de evacuar os civis e soldados que continuam no local, em especial na usina siderúrgica Azovstal.
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A ofensiva russa na Ucrânia chega a dois meses e já deixou mais de 2 mil civis mortos no país, conforme monitoramento da ONU. Novas imagens de satélite, no entanto, mostraram valas comuns ao redor de Mariupol, onde, segundo autoridades ucranianas, mais de nove mil pessoas podem estar enterradas.