Injúria racial: homem comete crime contra esteticista em Praia Grande (SP)
Polícia não quis registrar boletim de ocorrência por racismo. Injúria foi equiparada ao delito em nova lei
Primeiro Impacto
Uma esteticista foi vítima de ofensas racistas em um mercado de Praia Grande, litoral sul de São Paulo. A vítima das injúrias denunciou o caso nas redes sociais e um vídeo mostra o autor fazendo gestos obscenos após cometer o crime.
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A vítima, Isabela Vecchini, de 20 anos, afirmou que o homem que pagava as compras no caixa a xingou de "incenso de macumba" e que ela "tinha saído do bueiro com o meu cabelo". Além das falas racistas, há o componente de intolerância religiosa.
Em resposta, quando ainda era filmado pela esteticista, o racista respondeu com palavrões e gestos obscenos.
Segundo a vítima, a polícia disse que não poderia fazer boletim de ocorrência, apenas o registro do caso. Injúria racial foi tipificada como crime de racismo após decisão aprovada no plenário do Senado e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A nova pena definida é de multa e prisão de dois a cinco anos.
Em nota, o mercado afirmou não aceitar atitudes desrespeitosas de funcionários e clientes. "Espero que ele seja encontrado e que ele responda pelos atos dele. O racismo não é só uma injúria, agora é um crime e não tem que deixar isso passar", afirmou a esteticista.
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