Taxa de transmissão do coronavírus ultrapassa pico da pandemia no Brasil
Pesquisa mostra que Rt atingiu 1,53 contra 1,29 registrada em março de 2021
Dados da plataforma de monitoramento da pandemia de covid-19, gerenciada pela Universidade de São Paulo (USP) e Unesp, mostram que a taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus alcançou a marca de 1,53 na última sexta-feira (14.jan). O índice é maior que o registrado no pico da pandemia no Brasil, em março do ano passado, quando, segundo o Info Tracker, a taxa de transmissão chegou a 1,29.
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Para os pesquisadores, a taxa de transmissão neste nível comprova mais uma onda de contaminação, a terceira que o país enfrenta. Em 2021, a taxa de transmissão permaneceu acima de 1 durante todo o mês de janeiro, depois caiu e ficou abaixo disso até fevereiro, quando voltou a ultrapassar esse teto e atingir o pico da segunda onda em março, quando marcou 1,29.
Esse patamar só voltou a ficar abaixo de 1 em 18 de abril, voltou a subir até a metade do ano, quando baixou a 0,62 no dia 16 de julho. A pandemia parecia controlada quando, em dezembro, a variante ômicron chegou ao país. Desde então, a taxa de transmissão continuou a se elevar. No dia 9 de janeiro de 2022, a taxa nacional chegou a 1,31 e, agora, bate em 1,53.
No entendimento dos especialistas, para conter a pandemia essa taxa precisa ficar abaixo de 1. Quando ela chega a 1, cada pessoa pode contaminar uma outra. Se for maior do que isso, cada doente poderá transmitir o coronavírus para mais de uma pessoa. Ou seja: com um Rt em 1,53 significa que 100 infectados podem contaminar 153 pessoas.