SP: 80% dos pacientes com covid em UTI não se vacinaram, diz secretário
Atualmente, há mais de 6 mil pessoas com a doença internadas nos hospitais paulistas
No estado de São Paulo, 76% dos pacientes com covid-19 internados nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou não tomaram a vacina contra a doença, ou não completaram o ciclo vacinal. O dado foi levantado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas e revelado nesta 6ª feira (14.jan) pelo secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.
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"Em contrapartida, nós observamos nas enfermarias quadros moderados, menos intensos, e que acabam mantendo-se ali internados por dois ou três dias apenas, só para melhora da sua condição, pessoas que tomaram as vacinas. Então, dessa maneira, nós temos que lembrar que a vacinação tem como objetivo diminuir formas graves e mortes e, dessa forma, fazendo com que nós estejamos protegendo a vida", acrescentou o secretário em entrevista ao SBT.
Atualmente, há mais de 6 mil pessoas com covid internadas nos hospitais paulistas, sendo 1,9 mil em leitos de UTI. A taxa de ocupação destas é de 45% no estado e de 48% na Grande São Paulo. Nesta 6ª, em que foi vacinada a primeira criança contra a doença no Brasil, São Paulo recebeu 234 mil doses do Ministério da Saúde para aplicar no público de 5 a 11 anos, e seis caminhões saíram para distribuir parte das unidades para a capital, região metropolitana e região de Campinas e São João da Boa Vista, no interior.
No sábado (15.jan), disse Gorinchteyn, outros seis caminhões começarão a levar doses para 25 centros de distribuição em todo o território paulista, para que as cidades iniciam a aplicação no público infantil na 2ª feira (17.jan). O secretário estadual da Saúde ressaltou que os imunizantes são seguro e "tendem a proteger essas crianças de doenças mais importantes". Ainda falando sobre a importância de imunizar os pequenos, afirmou que a variante ômicron do coronavírus pode fazer aqueles com comorbidades, por exemplo, evoluírem a óbito.
"E lembrando que essas crianças, com essa variante, não só tem sintomas como disseminam muito mais o vírus. Então façam uso da vacina. Ela é uma forma de proteção já que muitas dessas crianças não usam máscara, não conseguem permanecer com a máscara e não tem outra forma de se proteger do coronavírus", concluiu Gorinchteyn.
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