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Mundo está entrando na 4ª onda da covid-19, alerta diretora da OMS

Evolução do vírus e flexibilização das medidas sanitárias podem influenciar na alta de contágios

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Para diretora, cobertura vacinal deve ser acompanhada de higiene pessoal | Pixabay
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A diretora-geral de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, alertou, na tarde de 2ª feira (22.nov), que o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia do novo coronavírus. Segundo ela, o vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis, o que impacta em uma maior disseminação da doença por meio da flexibilização das medidas sanitárias.

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"Estamos vendo a ressurgência de casos de covid-19 na Europa. Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E isso que há subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia", declarou Mariângela durante conferência do Congresso Brasileiro de Epidemiologia.

Para ela, os novos picos na Europa se devem à abertura e flexibilização das medidas de distanciamento, além do uso inconsistente de medidas de prevenção. "O aumento da cobertura vacinal não influencia na higiene pessoal, mas tem associação com diminuição do uso de máscaras e distanciamento social. Além disso, há desinformação, mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas", ressaltou.

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Outro problema grave que influencia no aumento de transmissão é a desigualdade dos países no acesso às vacinas. Segundo Mariângela, mais de 7,5 bilhões de doses já foram aplicadas no mundo, mas em nações de baixa renda ainda há menos de 5% das pessoas contempladas com ao menos uma dose. "Um dos fatores foi o fato de os produtores terem feito acordos bilaterais com países de alta renda e não estarem privilegiando vacinas para países de baixa renda", afirmou.

O futuro da pandemia, conforme análise da diretora, depende dos seguintes fatores: imunidade populacional; acesso a medicamentos; comportamento das variantes; e adoção de medidas sociais de saúde pública e de prevenção. Ela lembrou que a imunização reduz as hospitalizações, mas não interrompe a transmissão do vírus.
 

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