Covid-19: Fiocruz indica "condição de colapso" na saúde do Rio de Janeiro
Aumento no número de óbitos ocorridos em domicílio e sem assistência médica assusta pesquisadores da fundação
![Covid-19: Fiocruz indica "condição de colapso" na saúde do Rio de Janeiro](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FProfissionais_da_saude_vestem_equipamentos_de_protecao_individual_como_mascaras_e_protecoes_faciais_de_acrilico_cuidam_de_um_paciente_em_um_leito_de_hospital_d0bad04ab4.jpg&w=1920&q=90)
Publicidade
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que o número de mortes ocorridas sem assistência médica em domicílios no município do Rio de Janeiro continua a acontecer. Além disso, apontou que esse quadro indica um estado de colapso no sistema de saúde carioca.
A nota técnica do MonitoraCovid-19 revelou que, "caso fossem mantidas ou estendidas as ações de prevenção e tratamento oportuno de casos crônicos de doenças, poderia se evitar grande número dos óbitos", em referência à decisão de focar em cuidados nos hospitais da rede e deixar de lado a atenção primária, como o trabalho de agentes comunitários de saúde.
O documento mostra que, de março a setembro, houve um excesso de 27 mil mortes no município em comparação à média registrada em 2017 e 2019, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Foram 13 mil óbitos causados diretamente pelo novo coronavírus. Em relação aos outros 14 mil falecimentos, de acordo com a nota, mil ocorreram em casa, sem qualquer tipo de amparo clínico. Também foram calculados excessos de mortes de pacientes com câncer (2,5 mil), com "doenças endócrinas nutricionais e metabólicas", como diabetes (mil), e vítimas de complicações no aparelho circulatório, como infarto e acidente vascular cerebral, que somaram 3,8 mil.
Outro dado trazido foi de que o Rio de Janeiro ultrapassou pela primeira vez a cidade de São Paulo no número diário de mortes por Covid-19. Houve uma média de 60 mortes por dia no Rio e 35 em São Paulo nas duas semanas anteriores à nota, que foi publicada em 23 de novembro.
A nota técnica do MonitoraCovid-19 revelou que, "caso fossem mantidas ou estendidas as ações de prevenção e tratamento oportuno de casos crônicos de doenças, poderia se evitar grande número dos óbitos", em referência à decisão de focar em cuidados nos hospitais da rede e deixar de lado a atenção primária, como o trabalho de agentes comunitários de saúde.
O documento mostra que, de março a setembro, houve um excesso de 27 mil mortes no município em comparação à média registrada em 2017 e 2019, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Foram 13 mil óbitos causados diretamente pelo novo coronavírus. Em relação aos outros 14 mil falecimentos, de acordo com a nota, mil ocorreram em casa, sem qualquer tipo de amparo clínico. Também foram calculados excessos de mortes de pacientes com câncer (2,5 mil), com "doenças endócrinas nutricionais e metabólicas", como diabetes (mil), e vítimas de complicações no aparelho circulatório, como infarto e acidente vascular cerebral, que somaram 3,8 mil.
Outro dado trazido foi de que o Rio de Janeiro ultrapassou pela primeira vez a cidade de São Paulo no número diário de mortes por Covid-19. Houve uma média de 60 mortes por dia no Rio e 35 em São Paulo nas duas semanas anteriores à nota, que foi publicada em 23 de novembro.
Publicidade