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PF transfere suspeitos de invadir celulares de autoridades

A Justiça estabeleceu um prazo para que a Polícia Federal entregue ao STF uma cópia do inquérito sobre as mensagens apreendidas com os suspeitos

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PF transfere suspeitos de invadir celulares de autoridades
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Três dos quatro suspeitos foram transferidos, nesta sexta-feira (02), da Superintendência da Polícia Federal para Presídios de Brasília. Por motivos de segurança, eles irão ficar em celas separadas dos outros detentos.

Segundo a PF, Walter Delgatti Neto, que confessou o crime, é o único que não foi realocado, e que permanecerá detido no prédio da Polícia. 

Na noite desta quinta-feira (01), a Justiça converteu a prisão dos investigados de temporária para preventiva, isto é, que não tem prazo para acabar. A justificativa é que seria impossível monitorar as atividades dos suspeitos.

No despacho, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite afirma que a perícia verificou que Walter Delgatti Neto fez 5.812 ligações suspeitas. Em relação a Gustavo e Suelen, o magistrado argumenta que o casal não comprovou a origem dos R$ 99 mil reais, em dinheiro, encontrados com eles. Já sobre Danilo Marques, as investigações indicam que ele teria participação em fraudes e estelionatos.


Mensagens indicam que Dallagnol incentivou investigação a Toffoli


Novas mensagens divulgadas, nesta quinta-feira (01), pelo site 'The Intercept Brasil' indicam que o procurador Deltan Dallagnol, da Força-Tarefa da Lava Jato, incentivou a investigação do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e do escritório de advocacia da esposa dele, em 2016.

As conversas mostram que o procurador Deltan Dallagnol suspeitava que Dias Toffoli teria recebido alguma vantagem da empreiteira OAS, para reformar uma casa, e procurou informações em sigilo.

Em resposta, deputados do Partido dos Trabalhadores acionaram o Conselho Nacional do Ministério Público para que investigue possíveis ilegalidades na conduta de Deltan Dallagnol. 

Além disso, há pelo menos mais um processo disciplinar contra o procurador, aberto em abril deste ano, a pedido de Dias Toffoli.

Em nota, a Força-Tarefa da Lava Jato, em Curitiba, declarou que Dallagnol nunca pediu investigação sobre ministros do Supremo Tribunal Federal, e que não reconhece mensagens originadas de crime cibernético.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por sua vez, informou que não sofreu qualquer pressão para afastar Dallagnol e esclareceu que a Constituição garante ao procurador continuar à frente das ações da Lava Jato, por ser titular da área onde correm os processos da operação.

Ainda nesta sexta-feira (02), a Justiça Federal de Brasília determinou um prazo de quarenta e oito horas para que a Polícia Federal envie ao Supremo uma cópia do inquérito sobre as mensagens apreendidas com os suspeitos de invadir telefones celulares de autoridades.

 

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