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Vélez diz que livros didáticos sofrerão alterações em conteúdo sobre ditadura

As mudanças propostas pelo ministro da Educação visam adequar o ensino à versão do período histórico entre 1964 e 1985 que ele considera ´correta´

Vélez diz que livros didáticos sofrerão alterações em conteúdo sobre ditadura
Vélez diz que livros didáticos sofrerão alterações em conteúdo sobre ditadura
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Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", o Ministro da Educação, Ricardo Vélez, afirmou que haverá mudanças nos livros didáticos já que, segundo ele, não houve Ditadura e nem Golpe Militar no Brasil, em 1964.

 

Vélez foi enfático ao dizer que é papel do MEC reelaborar os livros para que as "crianças possam ter a ideia verídica do que foi a sua história". 

 

A notícia gerou polêmica e repercutiu no Congresso. A oposição critica a decisão do ministro. "Na verdade, ele quer garantir que a versão dele esteja nos livros didáticos e desconhece a versão da história, já consolidada. O Brasil tem mais de 400 mortos e desaparecidos. Muitas famílias não enterraram os seus mortos", argumenta a deputada Alice Portugal, do PC do B da Bahia.

 

Nas redes sociais, Ricardo Vélez ainda tentou se explicar, caracterizando o jornalismo brasileiro como "raivoso" e defendendo que as mudanças nos livros são para trazer "uma versão mais ampla da história". 

 

O discurso do líder da pasta e sua proposta de alteração dos conteúdos sobre o tema na literatura das escolas preocupa especialistas em educação e historiadores. 

 

"A história existe para mostrar o que aconteceu. Interpretar o fato é livre para qualquer um. Existem 'n' interpretações sob o mesmo fato histórico. O que não pode haver é deturpar esse fato", explica o professor de História Antônio Barbosa. 

 

Em meio a mais uma polêmica envolvendo o Ministério da Educação, os trabalhos da pasta seguem atrasados. 

 

Ainda nesta quinta-feira (04), a Procuradoria Federal do Direito do Cidadão, ligada ao Ministério Público, cobrou do INEP a conclusão dos trabalhos da comissão que analisa as questões da prova do Enem e estipulou um prazo de até cinco dias para que uma resposta seja dada. 

 

Enquanto isso, altos postos do Ministério foram esvaziados novamente; no mesmo dia, outras duas exonerações foram confirmadas. O Assessor Especial do Ministro deixou o posto e a Chefe de Gabinete foi demitida e substituída por mais um militar.

 

 

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