Verão, piscina e mar: 20% das vítimas de afogamento no Brasil são crianças
Fim de ano exige atenção redobrada no mar e piscinas. Mais de 5.500 pessoas morrem afogadas no Brasil a cada ano, grande parte no verão
SBT Brasil
Fim de ano, férias e verão são sinônimos de praia para muitas famílias brasileiras. Porém, o mar pode ser traiçoeiro e exige atenção especial, principalmente com as crianças. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram que mais de 5.500 pessoas morrem vítimas de afogamento por ano no Brasil, e 20% das vítimas são crianças.
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A falta de atenção no mar ou piscinas pode colocar vidas em risco. Em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, um menino de 8 anos foi arrastado pelo mar enquanto brincava em uma bolha inflável. Ele só foi salvo porque ocupantes de duas lanchas próximas perceberam o perigo e o resgataram. Segundo o Corpo de Bombeiros, a atividade é considerada ilegal.
"A segurança dos seus filhos tem que ser de 100%. A distância mais segura que a gente tem de uma criança é de um braço. Procurar o guarda-vidas, placas de sinalizações, tomar cuidado com as correntes de retorno e, principalmente, né? A criança é inocente, ela desconhece o perigo. E nós como adultos e como responsável, o que a gente tem que fazer é prevenir, é cuidar", alertou Rhalph Valverde, representante da Sobrasa.
A combinação entre bebidas alcoólicas e brincadeiras no mar também aumenta o risco de acidentes.
"O mais importante são as pessoas respeitar os seus limites e conhecer o ambiente que ela está. A gente também pode evitar o afogamento evitando bebidas alcoólicas, brincadeiras, cuidado na hora de entrar no mar. O uso de bebida alcoólica, a gente não deve exagerar. A gente sabe que isso tira o reflexo e a reação das pessoas. E a gente evitando isso, tomando esses cuidados, a gente vai ter um ambiente mais seguro", reforçou o representante.
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Além dos cuidados com o mar, turistas devem verificar se atrações aquáticas, como o banana boat, são regulamentadas. A recomendação é pedir a documentação da empresa antes de contratar os serviços.
"É bom olhar antes onde você vai se enfiar, né? Até porque final de ano enche, tem que ter bastante cuidado. Mas aqui é muito confiável. Todo ano a gente vem", afirmou a comissária Isabeli Cavalcanti.
A Sobrasa reforça um velho ditado que continua atual: "‘água no umbigo sinal de perigo’.