Especialista explica traumas que desastre no RS provoca nos animais
Imagens dos animais afetados pelas enchentes que assolam o estado comovem pessoas de várias partes do Brasil
Imagens dos animais afetados pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul comovem pessoas de várias partes do Brasil. Em meio ao desespero, os bichinhos são como ilhas.
O resgate do cavalo Caramelo, que ficou dias isolado sobre o telhado de uma casa, foi inesquecível para Fábio Spacassassi, tenente do Corpo de Bombeiros.
"Quando a gente chegou e encontrou o Caramelo, o cavalo, eu fiquei imaginando como ele conseguiu ficar cinco dias ali naquela posição sem um passo à frente nem atrás, rodeado de água, tava frio”, lembra ele, em entrevista ao SBT Brasil.
A veterinária Priscilla Mahmeister explica: "O cavalo consegue ficar algumas semanas sem comer e também não deita para dormir”.
Os vídeos de cachorrinhos que continuam nadando mesmo já fora d'água também angustiam. No entanto, a especialista explica que é o instinto de sobrevivência. "Ele vai continuar com o movimento até não ver mais água ou pelo menos se sentir mais seguro em relação ao ambiente onde ele está."
Em todo o país, há milhares de animais vivendo em abrigos após sofrimentos diferentes dos do Sul. "Há diversos motivos para eles estarem aqui. Há casos de cachorros que o dono cortou rabo, pata. Ou que ficaram confinados dentro de casa e a pessoa viajou, sumiu”, revela Luciana Lulio, dona de um dos abrigos temporários.
No entanto, apesar dos traumas, os animais são extremamente gratos a quem cuida, alimenta, dá carinho e conseguem, depois de um tempo, superá-los, por maiores que sejam. "Nada que o tempo e o amor não curem”, afirma Priscilla.