Tofolli vota por manutenção da prisão de Robinho
Placar em plenário virtual do STF está em 3 a 1; Tofolli acompanha voto do relator Luiz Fux, e de Alexandre de Moraes sobre pedido de habeas corpus

Vicklin Moraes
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira (28) pela continuidade da prisão do ex-jogador Robinho, condenado na Itália a nove anos de prisão por estupro.
Na última sexta-feira (22), o ministro Gilmar Mendes, que havia pedido vista e suspendido o julgamento, votou a favor da liberdade do ex-atleta. O caso é analisado em plenário virtual e trata de um habeas corpus da defesa, que tenta suspender a execução da pena determinada pela Justiça italiana.
Até o momento, o placar está em 3 a 1 pela manutenção da prisão: Luiz Fux, relator do caso, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli votaram contra a libertação, enquanto Gilmar Mendes divergiu. O julgamento termina nesta sexta-feira(29), salvo novo pedido de vista ou envio do caso ao plenário físico.
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Relembre caso
O crime ocorreu em janeiro de 2013, em uma boate chamada Sio Café, em Milão, quando Robinho jogava pelo Milan. Segundo a Justiça italiana, ele e outros cinco homens estupraram uma jovem de origem albanesa.
A condenação em primeira instância ocorreu em 2017, quando Robinho já atuava no Atlético-MG. Em 2022, a sentença foi confirmada pela terceira e última instância, com a fixação da pena de nove anos de prisão. Ricardo Falco, amigo do ex-jogador, também foi condenado. Os outros quatro envolvidos deixaram a Itália durante as investigações e nunca foram processados.
Inicialmente, a Itália solicitou a extradição de Robinho, mas a Constituição brasileira proíbe a extradição de brasileiros natos. Diante disso, o governo italiano pediu a homologação da sentença, permitindo que o ex-atleta cumprisse a pena no Brasil.
O pedido foi aceito pela Justiça brasileira, o que levou à prisão de Robinho em março de 2024, em Santos, no litoral paulista.