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Terceiro voo da FAB com repatriados vindos do Líbano chega ao Brasil

Mais de 7 mil brasileiros fizeram pedido de regresso em meio ao confronto entre Israel e Hezbollah

Imagem da noticia Terceiro voo da FAB com repatriados vindos do Líbano chega ao Brasil
Avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) | Divulgação/FAB
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O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) enviado para o resgate de brasileiros no Líbano – palco do conflito entre Israel e Hezbollah – chegou ao Brasil. A aeronave KC-30 pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, às 8h20 desta quinta-feira (10), sendo o terceiro voo da Operação Raízes do Cedro a regressar ao país.

Ao todo, 218 brasileiros foram resgatados na operação, com prioridade para idosos, mulheres, crianças, grávidas, doentes e pessoas com deficiência. Também foram embarcados cinco animais domésticos.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, 7 mil dos cerca de 20 mil brasileiros que vivem no Líbano fizeram o pedido de regresso. A pasta disse que, inicialmente, a previsão é de resgatar 3 mil pessoas, sendo cerca de 500 por semana. Em cinco dias de operação, 674 brasileiros já foram retirados do país, além de 11 pets.

O Itamaraty, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, disse que está em contato com brasileiros e seus familiares próximos para a organização de novos voos de repatriação. Tudo está sendo coordenado conforme as condições de segurança no terreno.

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"Os voos se assemelham ao perfil dos 13 que foram feitos na Operação Voltando em Paz, realizada em 2023 para resgatar quase 1.600 brasileiros e mais de 50 animais domésticos das zonas de conflito em Israel, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia", explicou Marcos Fassarella Olivieri, tenente-coronel aviador da FAB.

O que está acontecendo no Líbano?

O Líbano voltou a ser palco dos confrontos entre Israel e o Hezbollah este ano, quase duas décadas após a última guerra. A tensão começou a aumentar em outubro de 2023, quando Israel iniciou a ofensiva na Faixa de Gaza. Para demonstrar apoio ao Hamas, o grupo começou a disparar projéteis contra Israel, que decidiu responder.

As hostilidades se intensificaram após a explosão de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah – em ação atribuída a Israel. Isso fez o grupo lançar novos ataques contra Israel, que está respondendo com uma onda de bombardeios. Ao todo, já foram registradas mais de mil mortos, incluindo sete líderes do Hezbollah.

Nesta semana, Israel iniciou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano. Pouco tempo depois, o Hezbollah começou a lançar mísseis contra Israel – a maioria interceptados – e avançar na fronteira com a ajuda de artilharia. O Irã, que apoia o grupo extremista, também entrou no conflito, lançando cerca de 180 mísseis em direção a Tel Aviv.

Temor de escalada

O temor é que a escalada dos conflitos provoque uma nova guerra no Oriente Médio. O cenário, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), poderia resultar em um número catastrófico de mortos, além do aumento de refugiados na região.

Na última semana, os Estados Unidos, ao lado de aliados, lançaram um apelo de cessar-fogo de 21 dias entre Israel e o Hezbollah, pedindo uma rodada de negociações para acabar com os conflitos. O apelo, contudo, foi rejeitado por Israel, que disse que continuará os ataques até que o grupo pare de lançar foguetes contra o país.

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